Fifa ameaça punir Brasil por interferência do STJ na CBF; baiano Ednaldo Rodrigues segue à frente da entidade
Ainda em fevereiro, a Fifa suspendeu dois países, Quênia e Zimbábue, por causa da ingerência do governo e justiça locais em suas respectivas federações de futebol.
Por Da Redação
A Fifa abriu processo disciplinar contra o Brasil nesta segunda-feira (28/2), com o objetivo de punir o País por causa de decisão monocrática do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, que desconsiderou o resultado da última Assembleia Geral da CBF, realizada na última quinta (24/2), segundo a qual o presidente interino Ednaldo Rodrigues deveria continuar no cargo até a realização de novas eleições na confederação.
De acordo com o Terra, ainda nesta segunda, a Fifa enviou à CBF documento com o pedido de “esclarecimentos urgentes e detalhados” sobre a interferência da Justiça comum na entidade nacional. Na semana passada, o STJ determinou que o diretor mais velho da CBF assumisse a presidência a fim de coordenar o novo processo eleitoral.
EDNALDO RODRIGUES
No caso, seria Antônio Carlos Nunes, de 83 anos. Como está de licença médica, seria então Antônio Aquino, de 75. Ele, no entanto, recusou. Desse modo, ainda na ordem decrescente de idade dos vices, Ednaldo Rodrigues, de 68 anos, segue presidente da entidade.
De forma interina, ele ocupa o cargo desde agosto de 2021 e deverá convocar a eleição para escolha de quem vai completar o mandato de Caboclo, até abril de 2023. Ele deve ser o único candidato.
SUSPENSÃO
Ainda em fevereiro, a Fifa suspendeu dois países, Quênia e Zimbábue, por causa da ingerência do governo e justiça locais em suas respectivas federações de futebol. Ainda segundo o Terra, a medida de Humberto Martins, muito ligado ao vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó, que, hoje, faz oposição ao grupo que segue Ednaldo Rodrigues, foi suspensa por um acordo entre a CBF e o Ministério Público do Rio, autor da ação, mas ainda corre o risco de voltar a prevalecer.
A Fifa estabelece em seu estatuto que as associações filiadas “são obrigadas a administrar seus negócios de forma independente e sem influência indevida de terceiros” e que “qualquer violação dessas obrigações” pode levar a uma série de sanções, incluindo até a proibição do país punido de disputar Copa do Mundo.
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