Consciência negra ou "consciência humana"?
Colunista On: Onã Rudá
Ativista antirracista e LGBTQIAP+, é fundador da Torcida LGBTricolor, do Bahia
Foto: ilustrativa/Pexels
Neste mês, o Movimento Negro convida a sociedade a refletir e se aprofundas nas lutas de superação do racismo, com o objetivo de promover justiça e igualdade social e racial.
No dia 20 de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra, e é muito comum ouvirmos de algumas pessoas que não temos que celebrar a consciência negra, mas, sim, a "consciência humana". É aquela ideia de que não devemos falar de racismo, que devemos ignorá-lo que ele para de existir, enfim...
se tem uma coisa que já aprendemos é que fingir que um problema não existe não faz ele sumir. Faz ele piorar. Enquanto as pessoas brancas têm a sua humanidade respeitada e seus direitos garantidos, pessoas negras são excluídas, colocadas em desvantagems, encarceradas em massa, e os jovens negros passam por um genocídio que supera o número de mortos em países em guerra. Onde é que está a humanidade nisso?
É muito conveniente quem está no lugar de privilégio, sem sofrer com essas mazelas sociais, falar de "consciência humana", quando só a humanidade dele é que está sendo respeitada. Nós precisamos, sim, falar sobre consciência racial, resgatar referências negras, e nesse mês de novembro, preparei um monte de conteúdo bem bacana pra gente debater, conhecer... Acompanhem que vocês vão gostar!
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.
