Coletivo Canarinhos LGBTQ+ lança guia para aproveitar a Copa do Mundo com segurança; é crime ser gay no Catar
A Fifa se comprometeu com uma série de medidas e ações anti-discriminação
Por Juana Castro
O Catar tem algumas leis bem rígidas para o que, em outros países, é legalizado. Uma que causou bastante rebuliço - principalmente pelo país estar sediando a Copa do Mundo de futebol e, consequentemente, recebendo visitantes de várias nações - é a que criminaliza a homossexualidade. Sim. Ser LGBT+ é crime no Catar.
Inclusive, na última terça-feira (22/11), o jornalista brasileiro Victor Pereira foi cercado por civis e policiais catarianos que confundiram a bandeira de Pernambuco - que tem um arco-íris - com a LGBT. Eles chegaram a jogar no chão e pisar na bandeira. Relembre aqui.
Tendo em vista a legislação local, o Coletivo Canarinhos LGBTQ+ lançou o "Guia LGBTQIAP+ e a Copa do Mundo 2022 no Catar". Segundo o ativista e colunista do Aratu On, Onã Rudá, um dos organizadores do material, o objetivo é orientar as pessoas da comunidade (ou não) sobre como proceder para aproveitar o mundial com tranquilidade e segurança, "e também sobre o que fazer diante de uma situação de preconceito e LGBTfobia durante os jogos".
No guia constam dicas, respostas às principais dúvidas, contatos para denúncia de LGBTfobia, entre outros pontos. Clique abaixo para acessá-lo.
É importante contextualizar que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) se comprometeu com uma série de medidas e ações anti-discriminação, além de resposta em tempo ágil para os casos.
Em relação às manifestações em defesa dos direitos da comunidade LGBT+, que algumas federações queriam fazer, não houve, até o momento, nenhum pronunciamento oficial.
"Antes da abertura, Nasser Mohamed, único LGBTQ+ catariano publicamente assumido, lançou o coletivo de torcida
'Proud Maroons', com o nome do apelido da seleção do Catar (Maroons). A idéia é aproveitar a Copa e dar visibilidade ao que acontece com a comunidade LGBTQIAP+ no país", explicou Rudá.
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