Jornal britânico The Guardian diz que Bolsonaro usou funeral da rainha Elizabeth II como palanque político

O jornal 'The Guardian', da Inglaterra, publicou uma matéria pontuando que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), usou o funeral da rainha Elizabeth II, no domingo (18/9), como 'sabão eleitoral', ou, de forma mais popular, como 'palanque político'.

"O presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro, foi acusado de usar o funeral da rainha como um palanque político depois que ele voou para Londres para fazer um discurso aos apoiadores sobre os perigos dos esquerdistas, aborto e 'ideologia de gênero'", consta no início da notícia.

A reportagem aponta que, apesar de "o populista sul-americano" ter afirmado que o "principal objetivo" da visita a Londres teria sido homenagear a rainha, ele mudou rapidamente o tom do discurso ao falar para apioadores, diretamente da varanda da casa do embaixador brasileiro, em Mayfair.

"[...] Mas Bolsonaro – que parece prestes a perder a eleição presidencial do próximo mês no Brasil – mudou imediatamente para o modo de campanha, apesar do momento de luto", escreveu o jornalista Tom Phillips.

O comportamento do presidente rendeu comentários nas redes sociais. O especialista em direitos humanos e professor de direito, Paulo Abraão, chamou Bolsonaro de "insensível".

Já Clare Handford, amiga do jornalista britânico Dom Phillips, assassinado junto com o indigenista Bruno Pereira, em junho, na Amazônia, escreveu: "Pessoalmente, acho que ele não é bem-vindo em solo britânico... [e] ele não é bem-vindo no funeral da rainha; Ele é responsável pela destruição da floresta amazônica e pela profanação dos povos indígenas… e ele deve ser combatido”.

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