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Após decisão polêmica de juíza, Justiça de Santa Catarina autoriza criança, grávida após estupro, a voltar para casa

A menina de 11 anos, que está grávida de 29 semanas, estava morando em um abrigo há um mês após decisão judicial

Por Da Redação

Após decisão polêmica de juíza, Justiça de Santa Catarina autoriza criança, grávida após estupro, a voltar para casa
Créditos da foto: Solon Soares/Agência ALESC

Após a repercussão negativa da decisão da juíza Joana Ribeiro Zimmer, que tentou convencer uma criança de 11 anos, estuprada, a dar continuidade a uma gravidez, a Justiça de Santa Catarina autorizou a vítima, que estava em um abrigo, a voltar para casa. A menina, que está grávida de 29 semanas, estava morando no abrigo há um mês após decisão judicial. As informações são do Uol.

De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, o pedido de acolhimento provisório foi feito à época para "colocá-la a salvo de novos abusos". Ainda segundo o órgão, a criança não foi retirada de casa para impedir a realização do aborto, mas porque a investigação criminal "poderia indicar se o estupro ocorreu ou não no ambiente familiar".

A decisão é da desembargadora Cláudia Lambert de Faria. No texto, ela afirma: "Com a companhia e os cuidados da mãe, no aconchego do lar, a agravante terá melhores condições psicológicas para enfrentar este momento tão delicado de sua vida".

ENTENDA O CASO

Em uma audiência, a juíza Joana Ribeiro Zimmer, da Justiça estadual de Santa Catarina, tentou convencer uma criança de 11 anos, grávida após ser vítima de estupro, a não fazer um aborto legal. O caso foi revelado na segunda-feira (20), pelo The Intercept Brasil e pelo Portal Catarinas.

Nos áudios publicados pela reportagem, a vítima reafirma que não tem o desejo de continuar com a gravidez, mas a juíza rebate e diz que ela precisa ter a criança para colocá-la para adoção. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está apurando a conduta da magistrada no processo.

A mãe da vítima descobriu que a filha estava grávida quando ela estava com 22 semanas de gravidez. Na época, ela procurou apoio médico para a realização do aborto, mas o hospital afirmou que seria necessário entregar uma decisão judicial. Quando o caso chegou à Justiça, a menina foi afastada da família e levada para o abrigo, e o aborto foi negado pela juíza. A magistrada chegou a chamar o procedimento legal de "homicídio".

No momento, de acordo com informações do G1 Santa Catarina, a família já tem uma decisão judicial a favor da realização do aborto. A decisão ainda não foi cumprida porque a criança estava sendo mantida no abrigo.

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