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"Meu filho está vivo, em algum lugar", diz mãe de músico vítima do "tribunal do crime" ao ser sequestrado por traficantes em Abrantes

Renato Santos Evangelista Sobrinho está desaparecido desde o último domingo (21/11) após fazer um show.

Por Jean Mendes

"Meu filho está vivo, em algum lugar", diz mãe de músico vítima do "tribunal do crime" ao ser sequestrado por traficantes em Abrantes
Créditos da foto: Fábio Gomes/TV Aratu

"Meu filho está vivo, em algum lugar. Ele só não foi achado ainda. Estou com esperança de que ele vá aparecer". Esse é o desabafo, dado nesta quinta-feira (25/11), de Paula Santos, mãe do músico Renato Santos Evangelista Sobrinho.

O trabalhador, de 23 anos, está desaparecido desde o último domingo (21/11) após fazer um show no bairro de Vila de Abrantes, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. 

Na quarta-feira (24/11), uma operação foi montada pela Coordenação de Operações Especiais (COE) junto com agentes da 26ª Delegacia Territorial (DT/Abrantes) em um matagal na região do "Mutirão", para onde traficantes teriam levado o músico depois da apresentação. Mesmo com a ajuda de cachorros, nada de concreto foi localizado. 

A operação foi acompanhada ao vivo pelo repórter do Grupo Aratu, Fábio Gomes, durante o programa Cidade Aratu. "Nem pude olhar para a televisão. Eu senti dor no peito vendo aquele cachorro. Está batendo muita saudade do meu filho. A notícia que o corpo não foi achado me acalmou. Estou com mais fé de que meu filho está vivo", reforçou Paula.

O que chamou a atenção é que um dos animais, por meio do cheiro de uma peça de roupa da vítima, indicou a um dos policiais que Renato foi levado vivo para o matagal. Depois, porém, o odor desapareceu. 

Amigos desacreditam, porém, que o músico esteja vivo. Alguns sustentam que, após um "tribunal do crime", o jovem foi executado e enterrado. "Chegou lá no 'Mutirão', os traficantes pegaram ele, como se ele fosse traficante de Portão. Ele era inocente, trabalhava com todos. Isso não está certo", ressaltou um dos amigos de Renato.

Uma informação de que ele estaria em uma Unidade de Pronto Atendimento, vivo, chegou a ser circulada, mas nada foi confirmado pela família. "Foram na UPA, vários hospitais e ele não estava lá", resumiu a mãe. 

DESAPARECIMENTO 

Renato Sobrinho, que morava em Portão - bairro controlado pela facção criminosa Comando Vermelho, diferente do grupo que atua em Vila de Abrantes, o Bonde do Maluco (BDM) -, estava trabalhando na região do "Mutirão". Após o show, ele foi chamado pelos traficantes. 

A mãe do músico, abalada, já havia falado sobre o caso na terça-feira (23/11). "Eles pegaram meu filho. Ele está em algum lugar. Era um menino querido, só queria saber de tocar. Trabalhava também com o padrinho de marceneiro. Eu fui atrás dele. Liguei para meu filho. Nesse dia à noite [do show] ele estava tão feliz", disse Paula Santos. 

Os músicos da banda foram ouvidos pela Polícia Civil e os detalhes do depoimento não foram dados.  

TRÁFICO CRIA MENTIRA 

A 26ª Delegacia Territorial sabe quem são os traficantes responsáveis pelo comando do tráfico na região do "Mutirão". Por conta das intensas buscas da polícia, vários áudios foram disseminados nas redes sociais determinando um "toque de recolher" na área.

Os arquivos sustentam sobre uma possível retaliação de bandidos de Portão em Abrantes, por conta da situação do músico. Oficialmente, o Serviço de Investigação da 26ª DT não confirma a veracidade do teor dos áudios. Quem tiver informações sobre o paradeiro de Renatinho pode entrar em contato pelo número 181 e o sigilo é garantido. 

 

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