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Caso Cristal: em nova entrevista, família relembra foto tirada com Casemiro Neto e sonho de ser cirurgiã; assista

Cristal estava a caminho da escola momentos antes de ser atingida por um disparo de arma de fogo. O caso aconteceu no bairro do Campo Grande, em Salvador, a poucos metros de casa e da escola da adolescente, na manhã da última terça-feira (2/8)

Por Da Redação

Caso Cristal: em nova entrevista, família relembra foto tirada com Casemiro Neto e sonho de ser cirurgiã; assista
Créditos da foto: arquivo pessoal

A família da jovem Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, assassinada na última terça-feira (2/8) durante um assalto no bairro do Campo Grande, em Salvador, enquanto ia para a escola com a mãe e a irmã mais nova, deu mais detalhes sobre o caso para a reportagem da Cidade Aratu.

Como relata Sandra Rodrigues, a mãe de Cristal, que levava as duas filhas para a escola no momento em que o assalto aconteceu, a filha mais velha estava a cerca de um metro de distância das criminosas quando levou o tiro.

"Minha filha começou a deslizar no muro, e eu não sabia o que estava acontecendo. Veio um rapaz para me dar socorro. E aí, eu vi que ela tinha sido atingida. Ela estava com pulso ainda. Aí, foram chegando outras pessoas para me ajudar".

Uma médica, como conta Sandra, se aproximou da cena e tentou prestar atendimento a Cristal, mas já não havia mais o que fazer. "Me senti impotente. Eu só quero justiça. Eu não quero mais que outras mães e outros pais passem por o que eu estou passando. Ela tinha acabado de fazer 15 anos", afirmou a mãe, que sempre fez questão de levar as duas filhas para a escola, mesmo que elas morassem perto do local e as meninas já tivessem idade para ir sozinhas.

Durante a entrevista, Sandra relembrou um dia em que Casemiro Neto, apresentador do Cidade Aratu, tirou uma foto com as filhas dela. "Muito obrigada pelo carinho que você teve com as minhas filhas, por ter tirado aquela foto".

O pai de Cristal, Sérgio Pacheco, contou à reportagem que estava ensinando a filha a tocar guitarra. "Talvez, isso venha de família. Ela já tinha me visto tocar antes e, talvez, isso despertasse o interesse nela. Eu ficava ensinando a ela, e ela estava aprendendo, estava se esforçando".

Agora, o que Sérgio quer, assim como Sandra, é que a justiça seja feita. "Eu fico imaginando, pessoas assim, à solta, é uma tristeza". Como conta o pai, Cristal sonhava em ser neurocirurgiã. "Eu dizia assim: 'você tem que estudar bastante, ler bastante livro'. Ela se dedicava a ser da área de medicina, era o sonho dela".

O tio da vítima, de prenome Fábio, ressaltou que a família não busca vingança contra as criminosas, busca justiça. "A única coisa que eu gostaria de deixar bem claro é que não queremos vingança, queremos justiça e segurança para que isso não se repita. Para que, amanhã, outros pais não passem por o que estamos passando. Quem matou a Cristal foi a nossa justiça, nossos deputados, nossos senadores".

DEPOIMENTO DA MÃE

No fim da tarde de quarta-feira (3/8), a mãe de Cristal, Sandra Rodrigues, relatou, em entrevista exclusiva ao repórter Fábio Gomes, da TV Aratu, como o crime aconteceu.

“Dilacerada, não tenho nem palavras para dizer, porque foi uma coisa inesperada. Eu estou sem chão. Era minha primeira filha, tinha acabado de fazer 15 anos e era muito amada e muito querida”, desabafou.

“Eu saí como todos os dias. Eu arrumei elas e levei as duas junto comigo, como todas as vezes. Saí de casa numa faixa de quinze para sete da manhã. E uns 200 metros depois, fui abordada por duas meliantes, que tinham acabado de atravessar. Elas me abordaram e anunciaram o assalto. Eu olhei e vi uma espécie de bolsa, que tinha um revólver pequeno, que parecia ser de plástico e estava com uma faca peixeira, de cabo branco”.

Uma das mulheres, como explica Sandra, estava com as duas armas, especificamente, a loira. Após dizer que não tinha celular, a assaltante pediu o relógio e a aliança. No momento em que se preparava para retirar e entregar o relógio, a mãe de Cristal contou que ouviu o disparo da arma.

“Acho que, na hora em que ela tentou manusear a arma para puxar o relógio, a arma disparou na direção de Cristal”, comentou. Sobre a declaração de Gilmara Brito, conhecida como Mara, encontrada e presa na última quarta-feira (3/8), de que uma pessoa de moto passou no momento do crime e desferiu um tiro, Sandra negou, enfaticamente.

“Não existe! Eu ouvi muito bem na hora do estampido, e foi direcionado para Cristal. Agora, ela [Mara], estava próxima, o que pode ter acontecido é ter pego de raspão nela e atingido minha filha em cheio. Ela pode ter se machucado em um outro momento, mas não houve uma terceira pessoa que atirou. Eu estava presente, eu vi o momento, e vi a arma na mão dela, juntamente com a faca”.

O CRIME

Cristal estava a caminho da escola, andando com a mãe e a irmã mais nova, momentos antes de ser atingida por um disparo de arma de fogo. O caso aconteceu no bairro do Campo Grande, em Salvador, a poucos metros de casa e da escola da adolescente, na manhã desta terça-feira (2/8).

Nas imagens, Cristal está entre duas mulheres. À esquerda está Sandra, mãe da vítima; à direita, sua irmã. O trio estava caminhando em direção ao colégio Nossa Senhora das Mercês. Elas não pareciam preocupadas e caminhavam calmamente pela praça do Campo Grande, até que são abordadas por duas criminosas. 

O assassinato aconteceu perto do Quartel do Comando-Geral da PM da Bahia. Um vídeo, obtido pelo Grupo Aratu, mostra as criminosas andando calmamente depois da ação. Uma das suspeitas, identificada apenas como "Mara", foi localizada pela polícia e levada inicialmente à 1ª Delegacia Territorial (DH), na região dos Barris, em Salvador. Ela foi localizada no subúrbio de Salvador.

A informação foi confirmada pelo titular da 1ª DT/Barris, delegado Willian Achan, ao repórter Fábio Gomes, da TV Aratu. Posteriormente, a suspeita foi encaminhada para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, responsável pela investigação.

Mara é a mulher que aparece de preto no vídeo que registrou a ação criminosa contra a adolescente. Ela foi localizada por investigadores do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) em um beco, dentro de uma construção abandonada em uma invasão, em Alto de Coutos, no Subúrbio Ferroviário.

As diligências vinham sendo realizadas ininterruptamente por equipes do DHPP, do Depom, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP). A segunda suspeita, identificada como "Andréa Rasta", foi presa no início da tarde desta quinta-feira (4/8)

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