Maestro do Neojiba critica proposta de concerto da OSBA: "poderia ser tocado melhor por Lairton e seus Teclados"

Nesta quarta-feira (22/12), o maestro do Neojiba, Ricardo Castro, chamou a atenção nas redes sociais após publicar uma crítica sobre um concerto que a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) vai realizar no dia 5 de janeiro.

Esta semana, a OSBA anunciou um novo show, o "OSBREGA - Concerto do Amor", que vai acontecer na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.

O espetáculo, que faz parte da edição de 2023 do "Verão da OSBA", trará canções de "música brega", como "Fogo e Paixão" e "Moça" (de Wando), "Princesa" (de Amado Batista), "Torturas de amor" (de Waldick Soriano), "Homem Não Chora" (conhecida na voz de Pablo), "Morango do Nordeste" (popularizada com Lairton e seus Teclados), "Garçom" (de Reginaldo Rossi), "Infiel" (de Marília Mendonça), entre outros.

Na opinião de Ricardo Castro, porém, a OSBA, que é financiada pelo governo do estado e ganha "milhões inéditos para seu orçamento e poder contratar músicos excelentes", não deveria ter escolhido esse nome para o concerto, que, segundo ele, "que poderia ser tocado melhor por Lairton e seus teclados".

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Desculpem por tratar do assunto em período natalino, mas quando o ser humano deixa de se indignar com esse tipo de coisa, tudo piora ao nosso redor. Foi achando engraçado o que sempre foi grotesco, que chegamos aonde chegamos em Macunaíma land. Vamos lá:

'Brega' (palavra da gíria baiana, hoje usada como adjetivo, mas na origem um substantivo chulo que significava 'puteiro', dizem que a partir do nome Padre Manuel da Nóbrega de uma rua de zona de prostituição de Salvador ou Cachoeira, sobre cuja placa quebrada restavam apenas as duas últimas sílabas do sobrenome do sacerdote)". (Definição dada por Caetano Veloso em seu livro "Verdade Tropical").

Quando uma orquestra sinfônica estadual, depois de conquistar milhões inéditos para seu orçamento e poder contratar músicos excelentes, escolhe esse título para promover um concerto que poderia ser tocado melhor por Lairton e seus Teclados, estamos certamente entrando em um círculo do inferno nunca Dantes visto neste país…

PS: Isso aqui não é um fórum de debates. Só estou (mais uma vez) me posicionando para a bolha da internet que me segue. Quem quiser discordar que publique seus argumentos em sua página.

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