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Política

Pré-candidato ao governo ironiza propostas da concorrência para segurança: "como se ACM Neto quisesse comprar canhão para a polícia"

Ele crê que, para diminuir os índices de violência na Bahia, é fundamental, para além do enfrentamento policial, investir na investigação para evitar mortes de policiais e civis

Por Matheus Caldas

Pré-candidato ao governo ironiza propostas da concorrência para segurança: "como se ACM Neto quisesse comprar canhão para a polícia"
Créditos da foto: TV CAM

Pré-candidato ao Governo da Bahia, Kleber Rosa (PSOL) voltou a criticar o modelo de segurança pública implementado no Brasil - incluindo, neste bojo, a gestão do governador Rui Costa (PT). Ele também ironizou a proposta do líder nas pesquisas, ACM Neto (UB), que, na visão dele, vai reforçar um modelo de equivocado enfrentamento da criminalidade.

"É necessário mudar o eixo da política de drogas. Aí o ACM Neto diz que é contra o debate sobre legalização ou não da maconha, por exemplo, e é a favor do aumento da força policial, comparando, inclusive, que os policiais teriam armas menos potentes que os bandidos, como se ele quisesse comprar canhão para a polícia, sendo que todo cidadão, hoje, tem consciência que é necessáiro mudar o eixo", avaliou, em sabatina realizada pela TV Câmara Salvador.

Para Rosa, que é investigador da Polícia Civil, é necessário, além de investir na PM, valorizar o trabalho da corporação da qual é agente. Ele crê que, para diminuir os índices de violência na Bahia, é fundamental, para além do enfrentamento policial, investir na investigação para evitar mortes de policiais e civis "É um modelo que produz mais violência, focado na letalidade, no confronto, secudarizando, em absoluto, a inteligência policial e, sobretudo, a investigação policial, opinou.

Ele cita o exemplo do complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador, onde trabalhou como investigador. Com cerca de 80 mil pessoas, a localidade, na época, tinha um serviço de investigação que contava com apenas cinco policiais.

"Os outros candidatos não se diferenciam. As críticas vão na linha do conservadorismo e na defesa desse modelo. Sem romper com esse modelo, a gente não consegie redescutir segurança pública", avisou.

O pré-candidato do PSOL acredita que há falta de vontade política por parte dos governantes em realizar uma mudança profunda na segurança pública. "Nós temos uma opção política por um modelo de enfrentamento, possivelmente porque dá mídia, dá cartaz, os governos vão saindo com altos índices, dando a impressão que está combatendo a violência, mas, na verdade, gerando mais violência", declarou.

A segurança pública é um dos temas mais destacados pelos pré-candidatos ao Palácio de Ondina, que vêm, sistematicamente, atacando a gestão de Rui Costa e do secretário Ricardo Mandarino.

De acordo com dados incluídos no último Atlas da Violência, divulgado em 2019, a Bahia é o terceiro estado com mais assassinatos para cada 100 mil habitantes. Com média de 41,1, o estado só perde para Amapá (42,7) e Sergipe (41,3). O levantamento é realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério da Economia.

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