Leão rechaça inimizade com o PT, mas manda recado a Wagner: “não aceitamos todas as desculpas”; assista
Embora diga que não tenha aceitado as desculpas do parlamentar, Leão tentou minimizar o que classificou como erro. “De vez em quando, a gente pode dar uma escorregada na vida”, ponderoU
Por Matheus Caldas
O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), rechaçou a possibilidade de adotar o rótulo de inimigo do PT. Ao anunciar na última segunda-feira (15/3) a saída da base governista, ele disse que manterá amizade com os líderes petistas, mas disse que não aceitou às desculpas dadas pelo senador Jaques Wagner (PT).
“Isso acontece na vida. Uma coisa importante: ele se desculpou. Mas a desculpa vai até um determinado limite. Nós não aceitamos todas as desculpas”, disse, em entrevista ao programa Linha de Frente, do Grupo Aratu.
Ele se irritou com o anúncio feito por Wagner de que o governador Rui Costa (PT) permaneceria até o fim do ano no cargo, o que inviabilizaria que Leão assumisse a principal cadeira no Palácio de Ondina. A informação foi divulgada pelo senador em entrevista à Rádio Metrópole, o que gerou desconforto dentro do PP.
Após reclamações públicas, Wagner gravou um vídeo ao repórter Victor Pinto, do portal BNews, se desculpando com os agora ex-aliados pela forma com que anunciou a articulação.
Embora diga que não tenha aceitado as desculpas do parlamentar, Leão tentou minimizar o que classificou como erro. “De vez em quando, a gente pode dar uma escorregada na vida”, ponderou.
“Eu não tenho um inimigo e também não tenho um ex-amigo. Minha vida é pautada para ter amigos. E como gosto disso!”, acrescentou.
Com apoio encaminhado à pré-candidatura de ACM Neto (UB) ao Governo do Estado, ele não admitiu a articulação. Mas indicou que gostaria de concorrer ao Senado. “Se me derem o Senado, eu serei, modéstia à parte, um dos grandes senadores da Bahia”, projetou.
Leão ainda valorizou o PP, partido do qual é presidente no estado. “Nós temos um partido forte. Somos namorados por todos os grupos políticos”, pontuou.
Com a debandada pepista da base, Rui Costa contra-atacou. Desde a última semana, ele negocia com MDB e PDT para fazer parte do grupo petista. Atualmente, ambos os partidos são dois dos mais importantes apoiadores de Neto, inclusive com cargos dentro da estrutura da Prefeitura de Salvador.
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