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Jogadores de futebol chegam ao Brasil vindos da Ucrânia; mais de 660 mil pessoas já deixaram país europeu

Também na Ucrânia, o jogador de futebol Edson Fernando, revelado no Bahia e atualmente no Rukh Lviv, informou que conseguiu sair do país. No Instagram, ele compartilhou a notícia com quem o acompanha.

Por Da Redação

Jogadores de futebol chegam ao Brasil vindos da Ucrânia; mais de 660 mil pessoas já deixaram país europeu
Créditos da foto: reprodução/redes sociais do Governo Ucraniano

Chegaram ao Brasil, na manhã desta terça-feira (1º), os jogadores de futebol Pedrinho e Maycon, que atuam no time Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Os dois tentavam sair do país desde o início dos ataques das tropas da  Rússia. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Maycon expressou o alívio por chegar ao país natal, junto com sua família. “Graças a Deus. Foram momentos difíceis com muitas famílias. É um momento de alívio e felicidade poder encontrar todos. Os meninos [outros jogadores que ainda estão na Ucrânia] vão conseguir chegar bem também”, disse.

Ele também falou que o aviso da Embaixada do Brasil sobre o trem que sairia da Ucrânia foi dado com pouca antecedência, o que gerou uma corrida contra o tempo para reunir as famílias. “A embaixada deu a opção de um trem, e no desespero decidimos sair rápido. Esse trem sairia às 16h e já eram 15h, então tivemos que acelerar todo mundo com criança com tudo e conseguimos chegar. Depois de 17 horas de trem e mais umas 15 horas de ônibus conseguimos passar a fronteira da Moldávia e depois a Romênia”, disse.

Segundo o jogador, quando todos estavam dentro do bunker (abrigo subterrâneo) não era possível ouvir todos os ruídos, mas quando era necessário sair, os ruídos se evidenciavam. “É um alívio ver a família, mas estou angustiado porque tem muita gente lá ainda. Éramos 40 brasileiros e dois uruguaios. Tem muito brasileiro lá ainda e cada vez está pior e mais perigoso. Não sei o que vai ser”.

Pedrinho, por sua vez, disse que não acreditava mais que conseguiria sair do país, já que o hotel onde estavam alojados fica no centro de Kiev, capital da Ucrânia, e onde as tropas russas já avançavam. “Eu não via mais saída para nós porque falavam que já estava ao redor. Eu tinha muito medo da minha família não sair bem. Meu medo era não conseguir sair de lá e não poder ficar por muito tempo”, disse.

EM TEMPO

Também na Ucrânia, o jogador de futebol Edson Fernando, revelado no Bahia e atualmente no Rukh Lviv, informou que conseguiu sair do país. No Instagram, ele compartilhou a notícia com quem o acompanha.

"Estamos bem, seguros... Estamos no interior da Hungria e amanhã vamos pra capital, Budapeste. Aí, sim, podems ver o melhor dia de voltar para o Brasil", disse, agradecendo a quem se solidarizou com sua história. "Estou aqui mais para agradecer [...]; os dias estavam bem complicados [...]; peço que continuem em oração", completou.

Fernando pediu, ainda, ajuda para a @frente_brazucra, que vem ajudando brasileiros a deixarem a Ucrânia.

No Twitter, o Itamaraty informou que a embaixada do Brasil na Romênia também prestou apoio a 40 brasileiros, jogadores de futebol e familiares, que deixaram a Ucrânia por meio da fronteira com a Romêmia. Os atletas atuam em diversos times de futebol ucranianos.

MAIS DE 660 MIL PESSOAS JÁ DEIXARAM A UCRÂNIA

Segubndo informação divulgada nesta terça pela agência da Organização das Nações Unidos para Refugiados (Acnur), mais de 660 mil pessoas já deixaram a Ucrânia, fugindo das consequências do ataque militar russo ao país. 

A ONU teme que a ofensiva russa cause “a maior crise de refugiados da Europa neste século”, já que milhares de pessoas de várias nacionalidades que vivem na Ucrânia, incluindo brasileiros, estão se deslocando em direção a países vizinhos.

Segundo equipes da agência, na fronteira com a Polônia, a fila de pessoas tentando deixar o país já chega a quilômetros, com relatos de pessoas que afirmam estar há mais de 60 horas expostas ao frio intenso, tentando ingressar em território polonês.

Para socorrer as famílias que fogem dos ataques russos, as Nações Unidas e instituições parceiras fizeram, hoje (1º), dois apelos. Um que visa a arrecadar US$ 1,7 bilhão para fornecer ajuda humanitária a quem busca refúgio e outro para auxiliar a quem permanece na Ucrânia.

A estimativa é que cerca de 12 milhões de pessoas precisarão de ajuda e proteção dentro do território ucraniano, enquanto mais de 4 milhões de refugiados podem precisar de assistência em países vizinhos nos próximos meses.

Em nota, a Acnur garantiu que já está mobilizando uma “grande operação humanitária” para atender às pessoas que estão deixando o país em guerra. Em território ucraniano, a agência planeja distribuir alimentos e água, além de assistência financeira emergencial às pessoas mais vulneráveis e assistência médica, serviços de educação, abrigamento emergencial e reconstrução de casas danificadas.

Nos países vizinhos, a iniciativa busca apoiar centros de recepção para pessoas deslocadas e outras iniciativas, com atenção especial à prevenção da violência de gênero.

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