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Interior

Homem acusado de matar a esposa com nove facadas é condenado na Ilha de Itaparica

O crime aconteceu na manhã do dia 19 de novembro de 2018, e foi um dos 3 filhos de Andrea, Salatiel Clerisson, quem socorreu a mãe

Por Moema Bartira

Homem acusado de matar a esposa com nove facadas é condenado na Ilha de Itaparica
Créditos da foto: divulgação/TV Aratu

Na última quarta-feira (6/7), no Fórum Juiz Eduardo Augusto Ferreira Abreu, na Ilha de Itaparica, aconteceu o julgamento de Rubenício Vieira dos Santos, 51, acusado de matar, em 2018, Andrea de Sousa Batista, que tinha 35, com nove facadas. A motivação do crime foi a não aceitação do fim do relacionamento de 18 anos.

Família e amigos de Andrea aguardavam desde cedo pelo início do julgamento. Eliene Batista, uma das irmãs de Andrea, estava muito emocionada. À TV Aratu, ela relembrou que a irmã vivia sorrindo. Ela também contou que Andrea sofria calada, ficava rouca sem motivo e que, quando perguntava se Rubenício a estava agredindo, negava.

Eliene revelou que acredita que a morte do pai delas foi antecipada pela dor da morte de Andrea. Já a mãe, preferiu não acompanhar o julgamento. 

O crime aconteceu na manhã do dia 19 de novembro de 2018, e foi um dos três filhos de Andrea, Salatiel Clerisson, quem socorreu a mãe.

Ele contou que, no momento em que o chamaram em casa, ele não imaginava o que estava acontecendo. De acordo com o relato dele, a mãe, que estava caída no chão, tentou conter os sagramentos com as mãos. Depois, ela colocou as mãos no rosto do filho e respirou profundamente. Andrea foi socorrida para o Hospital Geral de Itaparica (HGI), mas morreu assim que deu entrada na unidade de saúde.

CASO

De acordo com informações da Polícia Civil, Rubenício, que é conhecido como "Pandele", tem histórico de violência contra Andrea. Ele foi preso momentos depois do feminicídio, no bairro de Barroca, também na ilha.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) informou, na época, que "a vítima foi agredida com golpes de faca, em via pública, na localidade conhecida como Sete Portas". "Pandele" foi autuado por feminicídio. Segundo o delegado Artur Fernando Guimarães, responsável pelas investigações, Rubenício não aceitava o fim do relacionamento.

Não foi a primeira vez que Rubenício agrediu a ex-companheira. Em setembro de 2018, ele havia sido preso, mas teve a prisão convertida pela Justiça em medidas restritivas. Na ocasião, ele colocou fogo na casa em que a ex-mulher morava com os filhos. Hellen Catarina, filha do casal, que tinha, na época, 12 anos, chegou a visitá- lo na prisão. Na ocasião, ele pediu desculpas e disse que iria mudar.

A jovem, hoje com 16 anos, disse que não vê mais Rubenício como pai, apenas como um nome no registro. Atualmente, ela mora com outra irmã de Andrea, Edileuza, que afirmou que Rubenício maltratava muito a irmã e os filhos, ameaçando-os com facão. Ela contou que o ex- cunhado não batia nos dois filhos mais velhos de Andrea, que não são filhos de Rubenício, por serem homens. Edileuza acredita que a irmã não falava sobre a violência com ninguém por medo.

JULGAMENTO

No julgamento, além Edileuza, uma outra irmã da vítima, o policial que prendeu Rubenício, o filho, Salatiel, que socorreu a mãe, e o acusado prestaram depoimento. Segundo Edileuza, o autor das facadas mentiu no depoimento quando disse que era maltratado pela família e que não tinha a intenção de matar Andrea. Em depoimento, Rubenício afirmou que Andrea poderia ter ido por outro caminho, mas foi no caminho em que ele estava.

A Bahia é o quarto estado que mais mata mulheres no Brasil. O feminicídio é um crime hediondo, considerado mais grave que o homicídio. Enquanto a pena do homicídio simples vai de 6 a 12 anos de reclusão, a do feminicídio vai de 12 a 30 anos.

Às 22h a sentença saiu. Rubenício foi condenado a 16 anos de prisão. Como ele já está preso há quase quatro, restam cerca de 13 anos e meio. A família conta que esperava mais, por conta de como tudo aconteceu, mas sentem que a justiça foi feita.

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