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Vídeo mostra momento dos tiros em festa que deixou aniversariante morto em Foz do Iguaçu; PT era o tema do evento

O crime aconteceu na noite desse sábado (9/7) e Arruda, líder local do Partido dos Trabalhadores, chegou a ser levado para um hospitall, mas não resistiu aos ferimentos.

Por Da Redação

Vídeo mostra momento dos tiros em festa que deixou aniversariante morto em Foz do Iguaçu; PT era o tema do evento
Créditos da foto: reprodução/vídeo

Uma câmera de segurança registrou o momento em que o policial penal federal José da Rocha Guaranho atira - mais de uma vez - no guarda municipal Marcelo Arruda, durante o aniversário de 50 anos do segundo, em um espaço de eventos em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O crime aconteceu na noite desse sábado (9/7) e Arruda, líder local do Partido dos Trabalhadores, chegou a ser levado para um hospitall, mas não resistiu aos ferimentos.

O vídeo começa com Marcelo já baleado, equanto algumas pessoas tentam se esconder pelo espaço. Ainda assim, Guaranho se aproxima do aniversariante na tentativa de executá-lo, ao que uma mulher se joga na frente do atirador e ele se afasta. Nesse momento, Arruda, no chão, revida o ataque e dispara contra o policial, que consegue ser desarmado por um convidado.

Inicialmente, foi divulgado que José da Rocha Guaranho também havia morrido, mas a informação foi corrigida pela delegada que acompanha o caso, Iane Cardoso. Ela afirmou que o bolsonarista está internado e sob custódia. "Ele está vivo e estável, custodiado pela Polícia Militar e foi autuado em flagrante”, afirmou ela, em entrevista coletiva realizada neste domingo (10).

O atirador foi levado para o Hospital Municipal Padre Germano Lauck.

INTOLERÂNCIA POLÍTICA

Pelo fato de José ser simpatizante do presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto a festa de Marcelo tinha temática de Lula e do PT, a Polícia Civil acredita que o crime foi motivado por intolerância política. O policial penal federal manifestava apoio a Bolsonaro nas redes sociais, como é possível ver na foto abaixo.


Imagem: reprodução/Facebook | print feito em 10/7/22

Por  meio de nota, a Prefeitura de Foz do Iguaçu comentou que Marcelo Arruda era da primeira turma da Guarda Municipal, onde estava há 28 anos. Ele também era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi).

"Agradecemos ao Marcelo Arruda por toda a sua dedicação e comprometimento com o Município, o qual nestes 28 anos de funcionalismo público defendeu bravamente, tanto atuando na segurança como na defesa dos servidores municipais. Desejamos à família, aos amigos e colegas de Marcelo força neste momento de dor", falou o prefeito Chico Brasileiro (PSD).

ANIVERSÁRIO TEMÁTICO

Tendo como tema o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda acontecia na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu e reuniu amigos e familiares. 

Segundo testemunhas, o policial penal Jorge Guaranho não era conhecido de ninguém na festa, tampouco foi convidado. Ao chegar ao local do aniversário, ele teria descido do carro, já armado, e gritando "Aqui é Bolsonaro!".

Guaranho chegou a apontar a arma para as pessoas presentes na festa, mas uma mulher que estava com ele, no carro, conseguiu convencê-lo a ir embora. Também havia um bebê no veículo.

Ainda de acordo com os relatos, antes de sair, o policial teria feito ameaças aos participantes do aniversário. Cerca de 20 minutos depois, voltou e disparou contra Marcelo, que revidou. 

PT EMITIU NOTA

Neste domingo, o PT se pronunciou, em nota, reconhecendo a atuação de Arruda, que foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu, pelo partido, em 2020.

"Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário", disse a legenda, no comunicado.

LULA E CIRO SE PRONUNCIAM: "DUAS FAMÍLIAS PERDERAM SEUS PAIS"

Os pré-candidatos à presidência, Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), também se manifestaram sobre o ocorrido, lamentando o episódio. Lula disse que "duas famílias perderam seus pais" e também pediu "compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável".


Imagem: reprodução/Twitter

Ciro, por sua vez,afirmou que "o ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas", e se referiu à situação como "guerra absurda, sem sentido e sem propósito".

Imagem: reprodução/Twitter

O presidente Jair Bolsonaro (PL) não havia comentado sobre o caso até a publicação desta matéria. 

LEIA MAIS: Guarda municipal é assassinado no próprio aniversário com tema 'Lula'; "intolerância política", diz secretário de Segurança

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