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Medicamento usado para diabetes poderá ser usado contra a obesidade

Aprovado pela Anvisa, medicamento ainda não está à venda no país.

Fonte:Agência Brasil

Medicamento usado para diabetes poderá ser usado contra a obesidade
Créditos da foto: ilustrativa/ Pixabay

A aprovação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de um novo medicamento para tratamento da obesidade, trouxe uma esperança para pacientes que buscam tratamento para perda de peso. A semaglutida já era utilizada no Brasil para tratamento do diabetes tipo 2 e agora pode ser usada também no tratamento de sobrepeso e obesidade, em forma de medicamento injetável.

Há, no entanto, diferença de dosagem. Enquanto que para o controle da glicose a semaglutida aplicada é de 0,5 miligrama a 1 miligrama, para redução do peso corporal a substância é de 2,4 miligramas. A semaglutida é da mesma família da liraglutida, também utilizada nos dois tratamentos. Mas o diferencial do medicamento aprovado pela Anvisa no início deste ano é sua eficácia.

A semaglutida é vista entre os médicos como um avanço no tratamento da obesidade. Isso porque os outros medicamentos existentes possibilitam uma perda de peso de, no máximo, 10%. “Quando o paciente tem uma indicação de perda de peso inferior a 5% do peso corporal, a melhor indicação é mudança de hábito alimentar. Quando tem a necessidade de perda de peso de mais de 5%, até 15%, aliam-se as mudanças de hábitos de vida e a terapia farmacológica. A novidade é que a semaglutida pode reduzir mais de 15%”, explica o médico Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

FUNCIONAMENTO 

 

O medicamento age no cérebro do paciente, em uma região chamada hipotálamo, e aumenta a percepção de saciedade. Assim, o paciente tem seu apetite diminuído e, consequentemente, come menos. De acordo com a endocrinologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB) Monalisa Azevedo, a semaglutida reproduz efeitos de substâncias presentes no nosso corpo.

“Em nosso organismo existe a produção de algumas substâncias, pelo nosso trato digestivo, que são substâncias que agem no nosso sistema nervoso central, diminuindo o apetite, aumentando a saciedade e diminuindo o gasto energético. Esse medicamento imita o que essas substâncias, que já existem no organismo, fazem”, explica.

INDICAÇÃO 

 

O tratamento com esse medicamento é indicado para pacientes com obesidade ou sobrepeso. O paciente deve ter um Índice de Massa Corporal (IMC) a partir de 30 ou um IMC a partir de 27 aliado a problemas de saúde relacionados à obesidade, como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares ou apneia obstrutiva do sono. O IMC é calculado dividindo o peso corporal (kg) pela altura (m) ao quadrado. Ou seja, IMC = kg/m².

Segundo a endocrinologista do HUB, a semaglutida pode ser usada como primeira estratégia para perda de peso, desde que sejam atendidos os critérios de indicação já mencionados. Ela lembra, no entanto, que o uso do medicamento deve vir acompanhado de outras providências, como mudança de hábitos alimentares e exercícios físicos. E todo o tratamento deve ser supervisionado por um médico.

O médico Paulo Miranda acrescenta que a semaglutida surge para preencher uma lacuna nos níveis de tratamento possíveis até a cirurgia bariátrica, usada para casos mais severos de obesidade. “A bariátrica fica indicada para pacientes com indicação de perda de peso de a partir de 30% do peso corporal. A semaglutida não substitui a bariátrica, porque tem resultados diferentes. Ela auxilia os pacientes a terem perda de peso, com mudança de hábitos e terapia, antes de recorrerem à bariátrica. E se a resposta for adequada, então não há necessidade de cirurgia”, disse.

CUSTO 

 

A semaglutida de 2,4 mg foi aprovada no Brasil recentemente, por isso ainda não está sendo comercializada. Dessa forma, não é possível dizer quanto custaria um tratamento com a substância. No entanto, a expectativa dos médicos é que não seja um tratamento acessível a todos. Para o tratamento de diabetes, é possível encontrar semaglutida com preços de variam entre R$ 800 e R$ 1 mil, preço de um tratamento mensal.

“Como essa substância já é aprovada e comercializada no Brasil para tratamento do diabetes, para controle da glicose, a gente já tem uma ideia em relação a custos. Porém, as doses para tratamento da obesidade são maiores que as doses para o controle do diabetes, que já tem um custo elevado. Então a expectativa é que o custo será mais alto”, disse a endocrinologista.

* Informações da Agência Brasil 

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