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Inflação segue quebrando recordes em Salvador: dado de março é o maior para o mês em 11 anos

Apesar de elevado, o dado de Salvador e região ficou abaixo do nacional, que foi de 1,62% - o maior para um mês de março desde antes do Plano Real, em 1994.

Por Da Redação

Inflação segue quebrando recordes em Salvador: dado de março é o maior para o mês em 11 anos
Créditos da foto: ilustrativa/Pexels

Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 1,53% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O número não apenas representa um aumento como é o maior registrado para o mês nos últimos

Além disso, o indicador voltou a acelerar, ou seja, teve um aumento maior do que o acrescimo do mês anterior. Antes de março, houveram três desacelerações seguidas (havia sido de 1,04% em dezembro, 0,86% em janeiro e 0,83% em fevereiro). 

Considerando todos os meses de todos os anos, essa foi a maior inflação na RMS desde janeiro de 2016. Levando em conta apenas os meses de março, o índice é o maior em 11 anos, desde 2011.

Apesar de elevado, o dado de Salvador e região ficou abaixo do nacional, que foi de 1,62% - o maior para um mês de março desde antes do Plano Real, em 1994. A capital baiana foi apenas o 9º mais elevado entre as 16 áreas pesquisadas separadamente. 

VILÕES

Oito dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA tiveram aumento no mês de março em Salvador e região. Os três maiores aumentos e as três maiores pressões de alta no custo de vida vieram, respectivamente, dos transportes (3,48%), alimentação e bebidas (1,89%) e habitação (1,46%). Esses são também os três grupos de despesas mais importantes nos orçamentos das famílias.

Os combustíveis em geral (7,18%) foram os que mais puxaram o índice dos transportes para cima. A gasolina (6,74%) exerceu a maior pressão inflacionária individual, sendo o diesel (14,10%) o que teve a quinta maior contribuição de alta. Nos 12 meses encerrados em março, a gasolina já custa 28,78% a mais.

COMIDA

Os alimentos ficaram 1,89% mais caros, puxados por itens consumidos em casa (2,20%) como o pão francês (6,23%), a cenoura (33,91%) e o óleo de soja (15,60%).  Por outro lado, ficaram mais baratos o frango em pedaços (-5,15%) e plano de saúde (-0,70%), que ajudaram a evitar um aumento ainda maior da inflação.

Os aumentos disseminados entre os alimentos ocorreram por uma série de fatores, principalmente climáticos, mas também relacionados ao custo do frete. “O aumento nos preços dos combustíveis acaba refletindo em outros produtos, entre eles os alimentos”, analisa Pedro Kislanov, gerente do IPCA.

Outra alta bastante importante foi a do gás de botijão, de 5,18%, que exerceu a segunda principal pressão inflacionária individual no mês e ajudou a puxar o grupo habitação para cima, ao lado da energia elétrica (2,06%).

O grupo artigos de residência (-0,02%) foi o único a ter uma variação negativa nos preços em março, na RMS. Foi influenciado por quedas em aparelhos eletroeletrônicos (-1,19%) como televisores (-3,33%) e computadores pessoais (-1,46%). 

FAMILIAS

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos (até 5 salários mínimos), ficou em 1,66% em março, segundo o IBGE. Este dado apresentou movimento semelhante ao do IPCA, retomando uma trajetória de aceleração, só que ainda mais intensa.

O índice na RMS foi menor do que registrado no país como um todo (1,71%), sendo o 8º entre as 16 áreas pesquisadas. No primeiro trimestre de 2022, o INPC acumula alta de 3,49% na RMS e, no acumulado nos 12 meses terminados em março, chega a 12,80%.

ACUMULADO

Com o resultado desse mês, o IPCA na RMS acumula alta de 3,26% nos primeiros três meses de 2022. Está ligeiramente acima do índice nacional (3,20%) e é o 8º mais elevado entre os 16 locais investigados. Considerando os 12 meses encerrados em março, a inflação já chega a 12,13%.

No Brasil como um todo, o IPCA acumula alta de 11,30% nos 12 meses encerrados em março, com 14 das 16 áreas mantendo inflação igual ou maior que 10,00%.

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