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Fim de ano: saiba como proteger os animais de estimação dos barulhos dos fogos

O especialista alerta para que os tutores não recorram a medidas que possam colocar em risco a vida e o bem-estar do bichinho

Por Bruna Castelo Branco

Fim de ano: saiba como proteger os animais de estimação dos barulhos dos fogos
Créditos da foto: ilustrativa/Pixabay

As festas de fim de ano são marcadas pela queima de fogos de artifício, tradição que gera uma alta carga de estresse em cães, que têm uma sensibilidade auditiva alta. Quem explica é o veterinário e professor da Estácio, Frederico Crepald. 

"A potência auditiva dos cachorros chega a ser quatro vezes maior do que a nossa. Alguns profissionais afirmam que sons acima de 60 decibéis são suficientes para afetar um canino. Essa sensibilidade auditiva apurada dos carnívoros pode gerar, ainda, ataques de pânico ou até mesmo convulsões. Por isso, os fogos de artifício são inimigos dos nossos pets, pois desencadeiam um processo de estresse e medo".

O médico veterinário completa que boa parte dos animais apresenta comportamentos distintos, não padronizados, que irão depender de como foi processada a informação do estouro e do volume.

"Alguns cachorros tentam fugir e se esconder a qualquer custo, destruindo portas, paredes, camas, sofás, à procura de um refúgio para se esconder. Outros ficam tão desesperados que durante a fuga são atropelados, pulam de janelas de prédios, de veículos, de sacadas e acabam morrendo. Outros podem chorar, tremer, defecar ou urinar, ficar em estado de alerta ou agressivos, dada a interpretação de perigo iminente. Alguns podem apresentar crises convulsivas decorrentes da descarga de adrenalina gerada pelo som alto".

O QUE FAZER

Para garantir que a virada do ano seja uma experiência tranquila para os cãezinhos, Frederico recomenda os tutores a permanecerem no mesmo ambiente e mostrarem ao seu cão que tudo está sob controle.

"No momento do estouro dos fogos, coloque uma música ambiente mais calma, acaricie ou coloque o seu amigo no colo, oferecendo proteção e abrigo. Outra técnica é criar uma "toca", um lugar onde o cãozinho ache que estará protegido. Esse lugar seguro pode ser uma mesa coberta por um lençol, longe da janela. Não podemos esquecer de colocar objetos pessoais do doguinho dentro da "toca". Coloque brinquedos, caminha, água, petisco e apresente a ele antes do foguetório".

O especialista alerta para que os tutores não recorram a medidas que possam colocar em risco a vida e o bem-estar do bichinho. "Sou contra a dica de enrolar um pano no animal, sob o risco de prender sua circulação ou enforcá-lo, fatos que já presenciei no cotidiano clínico".

Para finalizar, o veterinário indica o uso de tampões de algodão no ouvido dos cachorros, a fim de diminuir a intensidade do som, evitando sustos e incômodos pelo volume das explosões, e frisa:

"Alguns profissionais defendem a dessensibilização do cachorro, acostumando-o a volumes altos de forma contínua para não estranhar os fogos. Eu não recomendo essa técnica, porque no caso da queima de fogos, a explosão em si, pode assustar um animal, mesmo que ele tenha sido dessensibilizado com sons altos".

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