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Cena do Crime: servidores do DPT que filmaram corpo de Kelly Cyclone nunca foram punidos

Apuração do jornalista Jean Mendes aponta que três servidores foram denunciados por dois crimes: previstos nos artigos 212 e 320 do Código Penal.

Por Jean Mendes

Cena do Crime: servidores do DPT que filmaram corpo de Kelly Cyclone nunca foram punidos
Créditos da foto: Bia Lago/Aratu On

Nesta quarta-feira (16/11), o Aratu On continua o quadro Cena do Crime, que relembra os casos que mais marcaram a Bahia nos últimos anos. No site e no Instagram (@aratuonline), o jornalista Jean Mendes (@jeanmendesc) traz vídeos - de até dois minutos - que, além de repercutir os crimes, ainda apontam novidades, se houver. 

Hoje, vamos trazer uma novidade relacionada ao caso de Kelly Sales Silva, 21 anos, ou "Kelly Cyclone". Falaremos sobre três servidores do Departamento de Polícia Técnica (DPT) que filmaram o corpo da vítima já dentro do Instituto Médico Legal de Salvador, em julho de 2011, mês em que ela foi assassinada. 

VEJA AQUI A HISTÓRIA DO SANGUINÁRIO 

Apuração do jornalista Jean Mendes aponta que três servidores foram denunciados por dois crimes: previstos nos artigos 212 e 320 do Código Penal. As imagens que eles fizeram mostravam a vítima ainda com a camisa da Argentina, que usava no momento em que foi morta.

O vídeo foi postado nas redes sociais e deu milhares de visualizações.  No Código Penal, o artigo 212 tem relação com vilipendiar cadáver. O ato pode ser punido entre um a três anos de reclusão e pagamento de multa. 

O artigo 320, por outro lado, destaca: "Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente". A pessoa pode ser punida com detenção. 

O primeiro servidor respondeu somente pelo artigo 320. A Justiça entendeu a extinção da punibilidade, e ele ficou livre. Em 2018 e 2019, os outros dois colegas dele seguiram o mesmo caminho. A dupla, porém, respondeu pelos crimes previstos nos artigos 212 e 320. Todos foram demitidos, inclusive o motorista do "rabecão" envolvido na ação. 

KELLY CYCLONE 

Kelly Sales Silva tinha 21 anos quando foi executada a tiros e facadas em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. O crime aconteceu no dia 18 de julho de 2011 e, até hoje, algumas perguntas ficaram soltas no ar, tais como: "quem mandou matar Kelly Cyclone"?

O caso foi apurado pela 23ª Delegacia Territorial (DT/Lauro de Freitas). Encontrados com drogas e armas, dois irmãos foram apontados no inquérito como autores do homicídio. Mas o envolvimento da dupla com o mundo das drogas não foi o suficiente para convencer o Tribunal de Justiça da Bahia, ou até mesmo o Ministério Público, que pediu a absolvição.

A motivação do assassinato também ainda é nebulosa. Na época em que pediu a prisão dos irmãos, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia disse que uma traição colocou Kelly no alvo do crime. A SSP ressaltou que a mulher teria traído seu namorado, um traficante apelidado de Tony - parceiro dos dois irmãos - com o filho de um policial. Mas nada foi comprovado oficialmente.

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