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Caseiro de 66 anos é resgatado de trabalho análogo à escravidão em Vilas do Atlântico

Em seu depoimento, o caseiro informou ter sido vítima de violência pela sua empregadora e que também sofria agressões verbais.

Por Da Redação

Caseiro de 66 anos é resgatado de trabalho análogo à escravidão em Vilas do Atlântico
Créditos da foto: divulgação/MPT-BA

O Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou um homem de 66 anos que trabalhava em condições análogas à de escravos na última segunda-feira em Vilas do Atlântico, Lauro de Freitas, município da Região Metropolitana de Salvador. O idoso, que vivia num pequeno quarto nos fundos da casa de alto padrão sem receber pagamento pelo trabalho, foi retirado do local e está sendo atendido por assistentes sociais do município e do estado.

As condições insalubres identificadas pela equipe que realizou o resgate, formada por auditores-fiscais do trabalho e um procurador do MPT, com apoio da Polícia Militar, resultaram em graves condições de saúde para o caseiro. Ele relatou ter sofrido dois acidentes vasculares cerebrais.

Segundo o MPT, após ser retirado do cubículo em que vivia, ele precisou passar por atendimento médico de urgência. O quadro inclui infecção urinária e pressão arterial alta e descontrolada, além da ausência de vacinas regulares, inclusive da covid-19. Por causa do quadro de saúde delicado, ele foi transferido pela Coordenação de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo, da Secretaria da Justiça do Estado, para um lar para idosos em Salvador.

Ainda de acordo com o MPT, a equipe de fiscalização apurou que o idoso realizava regularmente trabalhos domésticos diversos, como limpeza interna e externa e jardinagem. Em seu depoimento, o caseiro informou ter sido vítima de violência pela sua empregadora e que também sofria agressões verbais. Com a formalização do resgate, ele deverá receber três parcelas do seguro-desemprego especial para vítimas do trabalho escravo.

Na quinta-feira (8/9), o MPT participa da audiência com o empregador do caseiro, que acontece pela manhã na sede da Superintendência egonal do Trabalho (SRT) no Comércio. Na ocasião, os procuradores e os auditores do trabalho vão propor ao patrão o pagamento das verbas rescisórias e de uma indenização por danos morais.

O empregador será ouvido e ao final deverá ser proposta a quitação das verbas rescisórias, que serão calculadas a partir dos depoimentos que indicarão o tempo em que a vítima trabalhou para os patrões. O objetivo é garantir logo o pagamento de valores que possam garantir a sobrevivência do idoso.

Enquanto isso, conforme o MPT, a Coordenação de Combate ao Trabalho Escravo dará total assistência ao idoso. Um inquérito civil foi aberto para investigar o caso. Se não houver acordo, os procuradores poderão ajuizar uma ação civil pública em busca da reparação indenizatória pelos danos causados.

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