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Aos 73 anos, morre o compositor baiano Paulinho Camafeu; nas redes sociais artistas prestam homenagens

Em 1974, ele compôs a música "Que Bloco é Esse", um dos maiores símbolos do pioneiro bloco afro Ilê Aiyê, gravada também por Daniela Mercury, Sandra de Sá, Daúde, O Rappa e Afroreggae.

Por Da Redação

Aos 73 anos, morre o compositor baiano Paulinho Camafeu; nas redes sociais artistas prestam homenagens
Créditos da foto: Facebook

Morreu, aos 73 anos, o compositor baiano Paulinho Camafeu, na noite desta segunda-feira (29/11) em Salvador. Ele estava em coma induzido, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Subúrbio, após ter sofrido dois infartos na semana passada.

Camafeu deu entrada na unidade de saúde no dia (18/11), devido a problemas cardíacos. Ao longo dos dias, o quadro de saúde do compositor foi se agravando e ele precisou ser intubado após sofrer o primeiro infarto na última terça-feira (23/11), enquanto seguia para fazer a hemodiálise.

Após dois dias, Camafeu sofreu nova parada cardíaca e os médicos informaram que sua saúde havia ficado ainda mais debilitada. Por conta da situação, ele chegou a precisar de doações de sangue, mas não resistiu ao quadro.

Antes de ser transferido ao Hospital do Subúrbio, o compositor ficou cinco dias em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Pau Miúdo, também na capital baiana. Paulinho era diabético e, por consequência da doença, havia tido um pé amputado.

CARREIRA

Nascido em Salvador, em 1948, Camafeu fez parte das antigas escolas de samba e também participou dos "blocos de índio", inciando a carreira artística como compositor nos Apaches do Tororó, mais antiga agremiação carnavalesca de inspiração indígena do Carnaval da capital da Bahia.

Em 1974, ele compôs a música "Que Bloco é Esse", um dos maiores símbolos do pioneiro bloco afro Ilê Aiyê, gravada também por Daniela Mercury, Sandra de Sá, Daúde, O Rappa, Afroreggae. Em 1985, ao lado de Luiz Caldas, deu início à chamada Axé Music com a canção "Fricote". Ele também assina a canção "Mundo Negro", interpretada por Gilberto Gil.

Camafeu escreveu canções com letras que iam do duplo sentido até composições que mostraram ao mundo a força dos tambores dos blocos afros de Salvador, fazendo do samba reggae um ritmo universal.

HOMENAGENS

Depois da confirmação da notícia nomes da música baiana como Luiz Caldas, Daniela Mercury e Gilberto Gil utilizaram as redes sociais para lamentar a perda. 

Luiz Caldas, que com Camafeu escreveu "Fricote", a música que foi o marco inicial do axé, escreveu: “Que Oxalá o receba de braços abertos, meu parceiro de vários sucessos. Descanse em paz meu amigo”.

Já Daniela Mercury lembrou a importância do compositor para a música da Bahia. “Adeus para nosso querido e genial músico e compositor Paulinho Camafeu, Um dos grandes do Axé. Fez tantas músicas importantes para nós. Deixa um legado de luta e beleza”, afirmou a cantora.

Gilberto Gil lembrou a oportunidade de gravar uma das composições de Camafeu. "Perdemos nosso querido amigo que me deu o prazer de gravar essa canção”, disse ao relembrar sua versão de Ilê Ayê.

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