Meia Maratona do Salvador ao Salvador: atletas acordam cedo e encaram chuva em corrida que fez história
Após 1h09, o primeiro homem a atravessar a linha de chegada foi o sergipano João Marcos, que é atleta profissional.
Por Jean Mendes
Nem a chuva forte que caiu na madrugada de domingo (24/7) espantou os mais de 1000 corredores que participariam da Meia Maratona Do Salvador ao Salvador, que atravessou toda a Avenida Luís Viana (Paralela), em um percurso de 21 km. A largada aconteceu às 6h10, no Salvador Norte Shopping, bairro de São Cristóvão. O destino era o Salvador Shopping, no Caminho das Árvores.
"Essa chuva só estimula a gente. Para atleta, não tem chuva e nem sol. A preparação para uma meia maratona tem treinos durante a semana e, para isso, vamos juntos", disse, antes da saída, o atleta Carlos Eduardo. O principal desafio para os corredores foi o percurso. A Avenida Paralela, para o organizador do evento, Jardel Moura, apresentou algumas "pegadinhas".
"O projeto é muito desafiador. A Paralela tem muita ladeira e os atletas encaram oito pontos de dilatação", comentou o educador físico, que acrescentou sobre o clima: "Atleta não gosta de sol quente. Para a chuva, é só se esquentar. Depois do quilômetro dois, fica tudo lindo".
Após 1h09, o primeiro homem a atravessar a linha de chegada foi o sergipano João Marcos, que é atleta profissional. Perguntado sobre dicas para quem quer seguir seus passos, literalmente, ele foi enfático: "É buscar um profissional para realizar seus objetivos. A corrida é saúde e qualidade de vida. Encontrei na corrida uma forma de viver do esporte".
No feminino, o prêmio do primeiro lugar ficou com a mulher que já é conhecida entre os amigos como "Tai Atleta". E ela, que completou tudo em 1h08, aprovou o circuito da Paralela. "A gente sempre corre na Orla e Jardel soube fazer um circuito diferenciado. O clima ajudou bastante. Tem que ter um sol, mas esse de hoje, ajudou bastante", frisou.
Na chegada, os atletas foram recebidos com massagem, estrutura médica e show ao vivo. E em 2023 tem mais. "A corrida foi consolidada. Fica o agradecimento a todos e aos atletas que participaram", comentou Jardel.
O evento foi certificado com o selo Neutralize Carbono, que atesta as emissões de gases de efeito estufa utilizados no evento. Além disso, todo resíduo gerado no percurso foi coletado e destinado corretamente pela Cooperativa de Catadores Agentes Ecológicos de Canabrava (CAEC).
A CAEC, aliás, encaminhou para reciclagem e retornará para a cadeia produtiva. Já os resíduos orgânicos foram encaminhados para a Central de Tratamento do Salvador Shopping, os quais passarão por um processo de biotimização, gerando um composto que será utilizado no Terraço Verde.
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