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Economia

Pobreza bate recorde no Brasil em 2021, aponta IBGE; quase 18 milhões vivem com menos de R$ 170 por mês

Por Juana Castro

Pobreza bate recorde no Brasil em 2021, aponta IBGE; quase 18 milhões vivem com menos de R$ 170 por mês
Créditos da foto: divulgação/MP-BA

O número de brasileiros na pobreza e extrema pobreza bateu recorde em 2021, no segundo ano da pandemia de Covid, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (2/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelos critérios do Banco Mundial, são considerados pobres os que que ganham até R$ 486 mensais per capita, e extremamente pobres quem vive com R$ 168 por mês.

Cerca de 62,5 milhões de pessoas eram consideradas pobres (29,4% da população) ano passado. Dessas, 17,9 milhões (ou 8,4% da população) estavam em situação de extrema pobreza. Foram os maiores percentuais identificados pelo instituto desde o início da série, em 2012.

De 2020 a 2021, houve aumento recorde nos grupos estudados. O número de pessoas abaixo da linha da pobreza cresceu 22,7% (mais 11,6 milhões de pessoas), enquanto o de pessoas na extrema pobreza aumentou 48,2% (ou mais 5,8 milhões). No ano passado, a proporção de crianças menores de 14 anos abaixo da linha da pobreza chegou ao maior percentual da séire (46,2%). É uma alta recorde, segundo o IBGE, considerando que o percentual caiu ao seu menor nível (38,6%) em 2020.

O instituto também identificou que o rendimento domiciliar per capita caiu para R$ 1.353 em 2021, o menor nível desde 2012. Para o analista do IBGE, André Simões, "a recuperação do mercado de trabalho em 2021 não foi suficiente para reverter as perdas de 2020", e isso, somado à redução dos valores do Auxílio Emergencial, podem ajudar a explicar esse resultado.

Outras pesquisas já apontavam recorde no número de brasileiros vivendo na pobreza em 2021. Em junho, um levantamento da FGV Social identificou 23 milhões de pessoas na pobreza, cerca de 7,2 milhões a mais do que em 2020.

DESIGUALDADE

A publicação mostra que a pobreza não atinge igualmente a todos os grupos sociais. A proporção de pretos e pardos - conforme a definição do IBGE - abaixo da linha de pobreza (37,7%) é praticamente o dobro da proporção de brancos (18,6%). Considerando as regiões do país, o Nordeste (48,7%) e o Norte (44,9%) tinham as maiores proporções de pessoas pobres na sua população.

Outro destaque da pesquisa é o Índice de Gini, que voltou a crescer e chegou a 0,544, segundo maior patamar da série. Esse índice é um instrumento para medir o grau de concentração de renda, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Ele varia de zero a um, onde 'zero' representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. Já o 'um' significa o extremo da desigualdade, ou seja, uma só pessoa detém toda a riqueza.

Os 10% da população com os menores rendimentos tiveram a maior redução, perdendo em torno de um terço do rendimento entre 2020 e 2021. O mesmo grupo teve o dobro de perdas das demais classes de rendimento entre 2019 e 2021. No extremo oposto, os 10% mais ricos perderam, entre 2019 e 2021, 11,2% dos rendimentos e, entre 2020 e 2021, 4,5%.

 

Com informações do Uol e Agência Brasil

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