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Dormir é para os fracos: tendência é que as pessoas percam 58 horas de sono por ano até 2099, sugere estudo.

Culpa seria do aquecimento global, pois dormimos menos no calor do que no frio, segundo os pesquisadores

Por Da Redação

Dormir é para os fracos: tendência é que as pessoas percam 58 horas de sono por ano até 2099, sugere estudo.
Créditos da foto: ilustrativa/Pexels

Se você reclama da falta de sono, saiba que isso só tende a piorar no futuro. Um estudo publicado em abril desse ano na revista One Earth concluiu que, devido ao aquecimento global, a população mundial corre um risco de perder entre 50 e 58 horas de sono por ano até 2099.

O trabalho contou com a participação de 47.628 adultos em 68 países, que foram avaliados por uma média de seis meses. Para chegar a esses resultados, os pesquisadores usaram pulseiras com acelerômetros internos que mediram a duração do sono dos participantes. As informações são do UOL.

O estudo apontou que a probabilidade de dormir menos de sete horas aumenta em 3,5% se as temperaturas mínimas noturnas forem maiores 25ºC, em comparação com a temperatura inicial de 5ºC a 10ºC. "Fornecendo escala para essa relação estimada, a exposição a temperaturas noturnas superiores a 25°C, se extrapolada para uma população equivalente de 100 mil adultos em uma única noite, resultaria em 4.600 indivíduos adicionais obtendo uma noite de sono menor que 7 horas, em comparação com a temperatura mínima ideal noturna", escreveram os autores do estudo.

De acordo com os dados, noites muito quentes, acima de 30ºC, reduzem o tempo de sono em cerca de 25 minutos por pessoa. Para idosos, a situação é ainda mais difícil: os resultados mostraram que esta população perdeu o dobro da quantidade de sono por grau de aquecimento em comparação com adultos jovens ou de meia-idade.

A perda de sono de 3,5% de tempo pode, inicialmente, parecer um número singelo, mas isso pode aumentar. "Quando os adultos não têm a quantidade recomendada de sono, eles podem ter problemas de concentração", disse Alex Agostini, professora da Universidade da Austrália do Sul, que não participou do estudo. Segundo a especialista, os efeitos a longo prazo podem incluir problemas de saúde como doenças cardiovasculares e gastrointestinais.

Além disso, a perda de sono foi três vezes maior para idosos em áreas de baixa renda em comparação com áreas de alta renda. As mulheres também foram cerca de 25% mais afetadas pelo aumento das temperaturas do que os homens.

BAHIA

Diante desse cenário, em que as temperaturas continuam a subir devido ao aquecimento global, Kelton Minor, doutorando no Centro de Ciência de Dados Sociais da Universidade de Copenhague e principal autor deste estudo, projetou que a perda de sono aumentará para um ritmo mais rápido em regiões que já enfrentam climas quentes - como é o caso de Salvador. O estudo chamou atenção para outro dado importante: as pessoas não se adaptam ao calor excessivo, mesmo que estejam, teoricamente, acostumadas à exposição.

Nesse sentido, os pesquisadores mostraram que a quantidade de sono que elas tiveram no primeiro mês do verão, quando estavam menos familiarizadas com o clima, e no último mês do verão quando, teoricamente, estavam mais acostumadas com ele, praticamente não teve diferença. Essa semelhança na perda de sono indica que as pessoas não podem se adaptar a temperaturas mais altas nem mesmo ao longo do tempo. Além disso, os resultados mostraram que as pessoas não pareciam recuperar o sono perdido durante uma noite quente nas duas semanas após um pico de temperatura.

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