Portador de variantes ativas e extintas, paciente apresenta caso de Covid-19 crônica há mais de um ano
Segundo a análise dos cientistas, esse seria um caso crônico da doença, em que a pessoa está sempre testando positivo
Por Da Redação
Pesquisadores de Yale, nos Estados Unidos, divulgaram um estudo relativo a um paciente que está infectado com a Covid-19 há mais de 1 ano - 471 dias, exatamente. Segundo a análise dos cientistas, esse seria um caso crônico da doença, em que a pessoa está sempre testando positivo. As informações são do Uol.
Dentro do sistema do paciente, que tem câncer, há pelo menos três variantes ativas do coronavírus. Ainda de acordo com a pesquisa, casos de Covid crônica como esse fazem com que as mutações aconteçam de forma mais acelerada, facilitando o surgimento de novas variantes.
Na análise, os cientistas escreveram: "Nossos achados demonstram que infecções crônicas sem tratamento aceleram a evolução do SARS-CoV-2, ultimamente dando oportunidade para o surgimento de variantes geneticamente diferentes e, potencialmente, altamente transmissíveis, como vimos com Delta e Omicron".
No sistema do paciente estudado, os pesquisadores encontraram variantes já extintas da Covid-19, e uma taxa de mutação pelo menos duas vezes mais alta do que a esperada. Isso quer dizer que, dentro de um paciente crônico, o vírus se modifica com o dobro de rapidez do que no resto do mundo.
Por mais que já esteja com a doença há mais de um ano, esse paciente e outros pacientes crônicos geralmente são assintomáticos, o que preocupa os cientistas, que alertam sobre a transmissão do vírus:
"Isso pode ser muito problemático, porque muitas infecções crônicas, como foi o caso desse paciente, permanecem assintomáticas para Covid-19, e [os infectados] podem se sentir bem o suficiente para retomar interações regulares com outras pessoas".
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