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Saúde

Pazuello previu 50% dos brasileiros vacinados contra Covid-19 até junho, mas realidade é de 11% imunes

As previsões do ex-ministro, quando ocupava a pasta, em novembro de 2020, era de que metade da população estaria vacinada no primeiro semestre de 2021.

Por Da Redação

Pazuello previu 50% dos brasileiros vacinados contra Covid-19 até junho, mas realidade é de 11% imunes
Créditos da foto: Ruan Souza/Semcom Manaus/Fotos Públicas

Em novembro de 2020, quando Eduardo Pazuello era o ministro da Saúde, o general usou projeções irreais para a vacinação contra a Covid-19 e levou em conta dados fantasiosos sobre a disponibilidade de doses até o fim do primeiro semestre de 2021, segundo dois documentos sigilosos do governo Jair Bolsonaro, enviados à CPI da Covid no Senado e divulgados pelo Jornal de Brasilía. 

Nos planos do militar, pelo menos metade da população brasileira estaria vacinada no primeiro semestre de 2021, mas nesta sexta-feira (18/6), o número de brasileiros que tomou as duas doses do imunizante é pouco maior que 11%, subindo para 15% se considerada apenas a população adulta - a cidade de Betim, em Minas Gerais, começou a vacinar adolescentes, mas a Justiça suspendeu a iniciativa. Na época, o gabinete de Pazuello considerava que, com 50% da população estaria vacinada até junho de 2021, isso já asseguraria uma imunidade coletiva e que a retomada de atividades seria possível a partir de julho. 

Um dos documentos enviados à CPI é uma apresentação interna do Ministério da Saúde com detalhamento de um plano elaborado pela área de comunicação para subsidiar a atuação e o planejamento do gabinete de Pazuello. O documento foi confeccionado em outubro, com aplicação do plano prevista para novembro, e mostra cálculos ainda mais irreais. Para o então ministro, o Brasil chegaria a meados de 2021 com capacidade de produção de 600 milhões a 800 milhões de doses de vacina e de ajudar países da região.

De acordo com o relatório, o ministério discutia o que fazer em relação à Coronavac, rejeitada por Bolsonaro (sem partido) mas apoiada e financiada pelo Ministério. Segundo o documento, os “esforços do Ministério da Saúde” já garantiam, naquele momento, 186 milhões de doses: 46 milhões da Coronavac, 100 milhões da AstraZeneca e 40 milhões do consórcio internacional Covax Facility, viabilizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

“Essa quantidade total garante a imunização de quase metade da população brasileira (93 milhões) ainda no primeiro semestre de 2021”, afirma o documento, segundo o Jornal de Brasília. “A vacinação de cerca de metade da população pode ser suficiente para o atingimento da imunidade coletiva, ou seja, para reduzir a um nível seguro a circulação do vírus no Brasil”, dizia. Ainda assim, cientistas afirmam que essa imunidade só seja atendida com 75% da população imunizada com as duas doses.

O Brasil chega ao final de julho com 84,1 milhões de pessoas vacinadas com a primeira dose e 24 milhões com duas doses. A previsão dos estudiosos é de que o país chegue a 500 mil mortes pela doença ainda neste final de semana.

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