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Saúde

Leo Prates rebate Lula e critica legalização do aborto; "apenas mulheres ricas terão direito"

Matéria do jornal O Globo, publicada na última semana, aponta que apenas 200 dos mais de 5.500 municípios brasileiros oferecem o serviço de aborto legal, o que corresponde a apenas 3,6%

Por Matheus Caldas

Leo Prates rebate Lula e critica legalização do aborto; "apenas mulheres ricas terão direito"
Créditos da foto: Matheus Caldas/ Aratu On

O deputado estadual Leo Prates (PDT), ex-secretário municipal de Saúde de Salvador (SMS), rebateu nesta quinta-feira (7/4) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que, do ponto de vista da saúde pública, a liberação do aborto não iria resolver os casos feitos de forma clandestina, principalmente entre as mulheres em vunlerabilidade social.

"Se ele legalizar o aborto, apenas as mulheres ricas terão direito a fazer o aborto. Não estou fazendo juízo de mérito entre ser a favor ou contra. Eu sou católico de formação, por isso você sabe posição ideoógica. Mas estou indo para o ponto de vista da saúde pública, o SUS", opinou, em entrevista ao programa Linha de Frente, do Grupo Aratu.

Na última terça-feira (5/4), durante agenda em São Paulo, Lula defendeu a autorização para que mulheres sejam submetidas ao aborto. Na visão do petista, a questão é um problema de saúde pública.

"Aqui no Brasil ela não faz porque é proibido, quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública e todo mundo ter direito e não ter vergonha", disse.

Já nesta quinta, o ex-presidente amenizou a fala anterior e disse que, pessoalmente, é contrário ao aborto. "A única coisa que eu deixei de falar na fala que eu disse é que eu sou contra o aborto. Tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Eu sou contra o aborto. O que eu disse é que é preciso transformar essa questão do aborto em saúde pública. Que as pessoas pobres que forem vítimas de um aborto têm que ter condições de se tratar na rede pública de saúde", disse, em entrevista à Jangadeiro Bandnews. 

Atualmente, o abordo é criminalizado no Brasil, exceto em situações em que a interrupção da gravidez é a única forma de salvar a vida da gestante, quando a gravidez é decorrente de estupro ou em caso de anencefalia fetal.

Nos casos em que é permitido, o aborto deve ser oferecido no sistema público de saúde, em qualquer estabelecimento que tenha a equipe necessária. Porém, na prática, o serviço acaba ficando restrito a poucos hospitais.

Matéria do jornal O Globo, publicada na última semana, aponta que apenas 200 dos mais de 5.500 municípios brasileiros oferecem o serviço de aborto legal, o que corresponde a apenas 3,6%. 

Os dados são de um estudo realizado pelas pesquisadoras Alexandra Boing, doutora em Saúde Coletiva, e Marina Jacobs, doutoranda na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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