InfoGripe: casos de SRAG em crianças continuam em ascensão

O Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (17/3), mostra um aumento significativo dos casos de gripe em crianças de vários estados, ao longo do mês de fevereiro, período em que as aulas retornam para os pequenos. Os dados coletados por laboratórios sugerem um posível aumento nos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na faixa etária 0-4 anos e interrupção de queda nos casos associados ao Sars-CoV-2 (Covid-19) na faixa de 5 a 11 anos.

Já entre os adultos, está acontecendo um desaceleração gradual na taxa de queda de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), mostrando a possibilidade de um regime de estabilidade. No entanto, isso não se aplica à população que esteja acima dos 70 anos, já que estes sofreram um impacto maior durante o pico que ocorreu no início do ano. A análise compreende o período entre 6 de fevereiro a 12 de março, da Semana Epidemiológica (SE) 10.

Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária seguem apontando para amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, com positividade expressiva em relação ao total de casos semanais de SRAG. No documento é apresentado um sinal forte de queda na tendência a longo prazo (últimas seis semanas) e sinal moderado na tendência de curto prazo (últimas três semanas). Este é um indício de possível  início de estabilização em patamar similar ao registrado ao final de outubro de 2021, quando foi registrou o menor número de novos casos semanais desde o início de epidemia de Covid-19 no Brasil. A estimativa é de, aproximadamente, 5 mil casos na SE 10.

Durante as quatro últimas semanas Epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 0,8% para Influenza A, 0,2% para Influenza B, 6,5% para VSR, e 86,7% para Covid-19. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,5% para Influenza A, 0,0% para Influenza B, 0,4%para VSR, e 97,3% para Covid-19.

FEDERAÇÃO

Segundo informações da FioCruz, três das 27 unidades nota-se um sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 10: Distrito Federal, Espírito Santo e Roraima. O restante apresentam queda na tendência de longo prazo. No entanto, quatro delas apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo: Ceará, Maranhão, Sergipe e Tocantins. Em todas as localidades que apontam algum sinal de crescimento, os dados por faixa etária sugerem tratar-se de cenário restrito à população infantil. Na população adulta mantém-se sinal de queda ou estabilidade. Este sinal de aumento nos casos das crianças também são observados em outros estados. 

CAPITAIS 

Ainda de acordo com a FioCruz, na presente atualização, observa-se que apenas duas das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 10: Boa Vista (RR) e Fortaleza (CE). Em outras três observa-se sinal de crescimento somente na tendência de curto prazo: João Pessoa (PB), Porto Velho (RO) e Salvador (BA). Em Fortaleza, João Pessoa e Salvador os dados por faixa etária sugerem se tratar de aumento significativo concentrado fundamentalmente nas crianças e adolescentes (0-9 e 10-19 anos). Nas demais, o sinal ainda é compatível com oscilação após de interrupção de queda.

Com exceção das capitais Boa Vista (RR) e Fortaleza (CE), que indicam sinal de crescimento na tendência de longo prazo, e Cuiabá (MT), Rio de Janeiro e Vitória (ES) que apresentam sinal de estabilidade, todas as demais apresentam sinal de queda de longo prazo nessa mesma tendência.

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