Ícone de ao vivo
Logo Aratu ON
Saúde

Crianças têm baixa taxa de transmissão de Covid, aponta estudo da Fiocruz

Na maioria dos casos analisados, os adultos desenvolveram anticorpos antes das crianças, comprovando que a transmissão partia deles.

Por Da Redação

Crianças têm baixa taxa de transmissão de Covid, aponta estudo da Fiocruz
Créditos da foto: Pixabay

Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicada nesta segunda-feira (10/5), revelou que as crianças têm mais chances de serem infectadas pelo coronavírus por adultos, do que de passarem o vírus adiante.

Os pesquisadores investigaram a transmissão da Covid-19 na comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro, de maio a setembro de 2020, e mostraram que todas as crianças que testaram positivo para o Sars-CoV-2 haviam tido contato com adultos ou adolescentes com sintomas de Covid-19. 

A análise envolveu 323 crianças (de 0 a 13 anos), 54 adolescentes (14 a 19 anos) e 290 adultos. Os cientistas visitaram as residências dessas crianças e fizeram testes com PCR e sorologia. Adultos e adolescentes que moravam com as crianças também foram testados.

Um total de 32,6% (79/242) das crianças com menos de 14 anos e 31% (72/231) dos contatos familiares tiveram testes positivos, indicando que já tinham sido expostos ao Sars-CoV-2 até setembro de 2020. Das 45 crianças com testes positivos, 26 tiveram contato com um adulto também positivo. As outras 19 tiveram contato com adultos que não consentiram em fazer o teste, mas que relataram sintomas suspeitos de Covid-19.

O levantamento mostra ainda que a infecção foi mais frequente em crianças com menos de 1 ano e na faixa de 11 a 13 anos, e que todas haviam tido contato com um adulto ou adolescente com sinais recentes de Covid-19.

"A menos que essas crianças fossem portadoras do Sars-CoV-2 por um longo período, nossos resultados são compatíveis com a hipótese de que elas se infectam por contatos domiciliares, principalmente com seus pais", diz o artigo, "ao invés de transmitir para eles", revela o texto do estudo.

No entanto, a coordenadora do estudo, Patrícia Brasil, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz, ressalta que os dados se referem a um momento diferente da pandemia, quando a variante P.1, mais transmissível e hoje dominante, ainda não havia surgido. O distanciamento social também era maior do que agora.

Leia mais: Atraso na segunda aplicação da CoronaVac: devemos nos preocupar? Especialista e SMS tiram dúvidas

Acompanhe todas as notícias sobre o novo coronavírus.

Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.

Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Logo Aratu ON

O Aratu On é uma plataforma focada na produção de notícias e conteúdos, que falam da Bahia e dos baianos para o Brasil e resto do mundo.

Política, segurança pública, educação, cidadania, reportagens especiais, interior, entretenimento e cultura.
Aqui, tudo vira notícia e a notícia é no tempo presente, com a credibilidade do Grupo Aratu.

Siga-nos