Com nova onda de Covid-19, Bruno Reis anuncia reabertura de novos leitos e de gripário em Salvador
Atualmente, Salvador possui 68% dos leitos UTI adulto ocupados. As unidades de terapia intensiva pediátricas estão 95% ocupadas
Por Matheus Caldas
Com o aumento no número de casos de pessoas infectadas com Covid-19 – e o consequente crescimento na demanda por internações –, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), anunciou nesta segunda-feira (10/1) a abertura de mais 30 leitos no Hospital Sagrada Família, além da reabertura do gripário na UPA de Santo Inácio/Pirajá.
“O objetivo, principalmente, é diminuir a pressão que estão sobre as UPAs. Existem três fenômenos acontecendo simultaneamente. O que preconiza o Ministério da Saúde? Que cada cidade do Brasil precisa ter uma UPA para cada 300 mil habitantes. Se fossem nas condições normais, nove UPAs atenderiam a demanda de Salvador. O que temos nesse momento? Temos 10 UPAs próprias, cinco PAs, três gripários. Só a Prefeitura tem 18 estrutura”, disse, em entrevista coletiva semipresencial.
“O estado tem mais três UPAs em Salvador. Nós temos 21 estruturas quando precisaríamos ter nove. E, mesmo assim, não estão sendo suficientes para atender esse momento de excepcionalidade”, acrescentou.
Até o momento, são 30 leitos de UTI e 50 de enfermaria no único hospital de campanha mantido pelo município. Com o acréscimo, serão 40 de terapia intensiva e outros 70 de enfermaria.
“Além disso, vamos soltar hoje o chamamento para reabrir o gripário da Upa de Santo Inácio/Pirajá. Hoje, estará no Diário Oficial para selecionar uma entidade para fazer a gestão do equipamento. Nossa expectativa é abrir, na semana que vem, para termos quatro gripários para atender essa demanda”, explicou.
Atualmente, Salvador possui 68% dos leitos UTI adulto ocupados. As unidades de terapia intensiva pediátricas estão 95% ocupadas
Na mesma coletiva de imprensa, o secretário municipal de Saúde (SMS), Leo Prates, pediu para que as cidades do interior estruturem os hospitais locais para receber os primeiros atendimentos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. No momento, 78% dos internados nas unidades de saúde soteropolitanas vêm de outros municípios da Bahia. Ele relatou que as UPAs estão pressionadas a ponto de precisarem ter pessoas alocadas em colchões e em macas nos corredores.
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