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Saúde

Apenas 30% dos brasileiros com até 24 anos tomaram 3ª dose de vacina contra Covid

Idosos acima de 70 anos tiveram maior aceitação a vacina, mas número vai diminuindo com a idade

Por Da Redação

Apenas 30% dos brasileiros com até 24 anos tomaram 3ª dose de vacina contra Covid
Créditos da foto: ilustrativa/Pexels

Os jovens não estão voltando voltando para tomar a terceira dose da vacina contra a Covid-19. Segundo um estudo feito pela Folha de S. Paulo e publicado neste domingo (21/5), apenas 30% daqueles de 18 a 24 anos receberam o reforço.

No outro lado, no grupo de brasileiros com 70 anos ou mais, cerca de 9 em cada 10 idosos apresentam o esquema vacinal com três doses completo e já avançam para a quarta dose (ou segundo reforço). Já na população abaixo de 60 anos essa parcela não chega à metade, segundo a análise feita com dados do Ministério da Saúde e do IBGE.

Os percentuais diminuem conforme a idade: pouco mais de um terço dos brasileiros com idade entre 25 a 29 anos atualizou a proteção (35%), e menos do que isso na faixa dos 18 aos 24 anos (30%).

A análise levou em conta que que a imunização dos jovens teve início depois e que é preciso aguardar o intervalo de quatro meses após a segunda dose - mesmo assim, os números deveriam ser maiores. Para Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, é importante primeiro diferenciar o conceito de reforço com o de ciclo com três doses. "Hoje já temos um acúmulo de evidências suficiente para saber que o esquema completo é de três doses, e não duas. Só falamos em reforço para os idosos com mais de 60 anos que recebem a quarta dose", diz.

PASSADO

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) chegou a superar a marca de 1 milhão de doses de reforço administradas diariamente, de acordo com a média móvel. Isso ocorreu na segunda quinzena de janeiro, período em que o país enfrentava uma explosão de novos casos devido à variante ômicron. Desde então, a procura vem diminuindo. Nesta semana, a média de aplicações era de 184 mil terceiras doses por dia no país.

"Houve um julgamento errado de que a ômicron, por provocar casos mais leves em pessoas já vacinadas, era mais leve, como uma ‘gripezinha’. Mas a imunidade conferida por infecção natural não é a mesma conferida por vacinas, que protegem contra casos graves", pondera a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O levantamento mostra ainda um desequilíbrio entre as regiões do Brasil. Enquanto em São Paulo 77% da população com mais de 18 anos já recebeu a terceira dose, essa taxa vai para menos de um terço nos estados do Maranhão, Tocantins, Rondônia, Pará, Amapá e Roraima, segundo as secretarias estaduais. Vale ressaltar que esses dados estão sujeitos a atrasos referentes à digitalização dos registros, especialmente nos municípios com poucos recursos e menos informatizados.

De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, cerca de 85% da população recebeu a primeira dose e 77% tomou o esquema vacinal primário completo, isto é, duas doses ou dose única. A cobertura da terceira dose está em 47%, e a da quarta dose, em 9,4% (considerando apenas aqueles com 60 anos ou mais, faixa etária elegível para o segundo reforço). 

"O ritmo mais lento no início da vacinação era devido à falta de imunizantes para todos e por isso tinham os grupos prioritários. Isso aconteceu também com a terceira dose. Mas agora não falta imunizante, o que falta é a campanha de comunicação para informar a importância de atualizar", diz Diego Xavier, pesquisador da Fiocruz e um dos autores do boletim.


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