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Vítimas de tortura em Salvador, jovens falam sobre as agressões que sofreram dos patrões: 'usava a palavra bíblica'

Uma das vítimas relatou que foi obrigada a vestir uma saia rosa durante a sessão de tortura. "Ele é manipulador. Muitas vezes, usava a palavra bíblica para ter a gente para ele"

Por Da Redação

Vítimas de tortura em Salvador, jovens falam sobre as agressões que sofreram dos patrões: 'usava a palavra bíblica'
Créditos da foto: TV Aratu/reprodução

Nesta segunda-feira (5/9), William de Jesus e Marcos Eduardo, trabalhadores que foram torturados pelos patrões em um mercado no bairro da Lapa, vieram ao programa Cidade Aratu para falar sobre o ocorrido. Os advogados das vítimas acompanharam os jovens, e ressaltaram: eles não são ladrões.

De acordo com as vítimas, os patrões os agrediram após suspeitarem que eles estavam roubando o estabelecimento. "Manipulação. E ele já é assim, já é um tipo de pessoa assim". Ainda segundo um dos jovens, enquanto os agrediam, os chefes sorriam e faziam brincadeiras falando sobre o "tempo da escravidão".

Além disso, uma das vítimas relatou que foi obrigada a vestir uma saia rosa durante a sessão de tortura. "Ele é manipulador. Muitas vezes, usava a palavra bíblica para ter a gente para ele. E fez toda essa barbaridade aí", relembrou um dos jovens.

PATRÕES

Acompanhados de advogados, os empresários e primos Alexandre e Diógenes, acusados por dois funcionários de agressão e tortura, estiveram no programa Cidade Aratu da última sexta-feira (2), para falar sobre o caso que chocou a Bahia.

Segundo Alexandre, os jovens - que aparecem sendo agredidos em vídeo - já vinham roubando o estabelecimento há algum tempo. "A gente já vinha sendo provocado, roubado, chacoteado e muitas outras coisas, porém, a gente teve a paciência e o amor, também, de conversar, perguntar o porquê...", iniciou. "Esse fato [agressão] veio a ocorrer depois que caiu na rotina [os supostos furtos e roubos]".

O empresário contou que William, que antes ganhava cerca de 150 reais por semana, o pediu ajuda, e ele o empregou. "Me comovi. Sou camelô desde os seis anos e sempre fui trabalhador; não sou torturador", disse, no programa. "Nada justifica [a agressão], mas, explica".

Quando o jornalista Pablo Reis, apresentador do programa, questionou sobre o porquê de terem filmado as agressões, Alexandre revelou que a ideia foi dele mesmo. No vídeo, quem aparece "dando os bolos" é Diógenes. 

"Quis filmar, porque sei que quem rouba também mente, e ele poderia dizer à família que estávamos fazendo isso em vão", completou Alexandre. "Porém, mesmo assim, a gente não devia ter batido".

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