"Tanto tiro, sem merecer": família pede justiça após morte na orla da Ribeira; vídeo
Segundo testemunhas, o autor dos disparos seria um guarda municipal, que afirma que Erivaldo estaria praticando furtos na região.
Por Lorena Dias
Sentada numa cadeira, Dona Maria não parava de chorar. A mãe de Erivaldo Genuíno de Souza está inconformada desde a morte do filho no dia 12 de dezembro, na Avenida Beira Mar, no bairro da Ribeira, em Salvador. "Ele fazia tudo por mim. Trabalhava, pegava saco de cimento, muito peso, tudo para ganhar um dinheirinho e levar as coisas pra casa", contou em meio as lágrimas, durante ao vivo para a Cidade Aratu nesta terça-feira (20/12).
Segundo testemunhas, o autor dos disparos seria um guarda municipal, que afirma que Erivaldo estaria praticando furtos na região. "O que ele está alegando é o que um assassino alega. Para tentar justificar tanto tiro em meu irmão, sem meu irmão merecer. Meu irmão nunca fez nada de errado para ele fazer uma crueldade sem tamanho", desabafou Marília Sousa, irmã da vítima, para o repórter Ramon Lisboa.
No dia em que Erivaldo foi morto, ele teria ido fazer um favor para um vizinho que está com a saúde debilitada. O morador, que pediu para não ser identificado durante ao vivo para a TV Aratu, mostrou o galão de gasolina que a vítima segurava quando foi atingida pelos tiros. "Estou recém operado e não posso ir. Mandei ele comprar a gasolina e aconteceu esse incidente com ele", relatou, mostrando a vasilha com marcas de sangue.
Erivaldo foi encontrado ainda com vida, vítima de disparos de arma de fogo. Em nota, a Polícia Militar informou que ele chegou a ser levado para uma unidade de saúde da região, mas não resistiu aos ferimentos. O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios. Segundo a Polícia Civil, já há indicativos de autoria e motivação. A arma usada no homicídio foi encaminhada à perícia.
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