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PM diz que jovem de 15 anos morto na Boca do Rio tinha envolvimento com o tráfico e "trocou tiros"; família contesta

De acordo com a corporação, na noite em que aconteceu o crime, as guarnições foram acionadas por populares da região, que informaram que haviam pessoas na comunidade portando arma de fogo.

Por Da Redação

PM diz que jovem de 15 anos morto na Boca do Rio tinha envolvimento com o tráfico e "trocou tiros"; família contesta
Créditos da foto: arquivo pessoal e Diego Salviano/TV Aratu

A Polícia Militar disse que Samuel Caio de Oliveira, morto no bairro da Boca do Rio, em Salvador, tinha envolvimento com o tráfico de drogas. A versão é diferente da apresentada pela família do jovem, que tinha 15 anos e acabou baleado durante uma operação da PM na quinta-feira (21/4). A mãe e namorada do rapaz falam em execução. 

Nesta sexta-feira (22/4), o comandante da 39ª Companhia Independente (CIPM/Boca do Rio), major Márcio de Alcântara, informou ainda que Samuel estava junto com outros suspeitos de tráfico. 

"Nós fomos informados por populares que, naquela localidade, havia pessoas em posse de arma de fogo, realizando tráfico de drogas. Ao chegarem no local, de acordo com policiais, a guarnição foi recebida a tiros e, no revide, esse indivíduo foi alvejado. Foi prestado socorro, mas ele não resistiu", afirmou.

VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA

CASO 

Familiares e amigos do adolescente queimaram objetos e bloquearam uma rua na região da Baixa Fria, horas depois da ação. Segundo a irmã de Samuel, que não quis se identificar, ela acordou com o barulho dos disparos. Em entrevista - ao vivo - para o repórter Ramon Lisbôa, da TV Aratu, a jovem acusou a Polícia Militar de execução.

"Acordei com a 'zoada' dos tiros. A polícia não deixou ninguém passar pro beco... minha mãe querendo ir lá ver ele [...] Meu irmão tava na esquina do beco, eles [policiais] já chegam atirando, todo dia. Atiraram no meu irmão, não deixaram minha mãe ver ele", disse. Ela falou, ainda, que a polícia colocou uma arma ao lado de Samuel e jogou o adolescente no porta-malas de uma das viaturas. "Estão forjando as coisas", acusou. "O menino só tinha 15 anos".

A namorada de Samuel, que também preferiu não ser identificada, endossou a versão da irmã, e acrescentou que a polícia teria atirado no jovem mesmo depois de ele estar caído. "A policia fez um cerco”, disse, alegando que atiraram na perna dele e, depois, com o jovem já caído, efetuaram mais três disparos.

Segundo a namorada, eles estavam conversando (via celular), quando Samuel falou que iria almoçar. Ela soube da morte do namorado de forma inusitada. "Primeiro vi uma foto, mas não acreditei... Ô, moço [dirigindo-se ao repórter], preciso, pelo menos, fazer o enterro do bichinho", disse, chorando.

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