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Moradores temem mais desabamentos 15 dias após casas cederem por obra em escola de Plataforma

Ao todo, foram quatro casas diretamente afetadas — três desabaram por completo e uma parcialmente. Mas, outros imóveis na Rua Chile e Travessa Bertoso apresentam rachaduras e danos estruturais. 

Por Gabriel Nascimento

Moradores temem mais desabamentos 15 dias após casas cederem por obra em escola de Plataforma
Créditos da foto: Gabriel Nascimento/Tv Aratu

"Eu não consigo dormir. As noites são terríveis, fico me batendo... Tenho pesadelo, lembro toda hora". O relato é de Sérgio Lopes, morador da 1ª Travessa do Jenipapeiro, em Plataforma, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, há 50 anos. Ele teve parte da casa destruída na noite do dia 26 de maio, em decorrência de uma obra na quadra do Colégio Estadual Democrático Bertholdo Cirilo dos Reis. 

Sérgio lembra o desespero para deixar a residência, pouco depois das 21h. "Minha sobrinha veio me dizer que estava ouvindo uns estalos fortes e que a casa tava 'andando'. Achei que fosse brincadeira. Só que aí eu também senti. Comecei a correr pra chamar os vizinhos", conta. 

Ao todo, foram quatro casas diretamente afetadas — três desabaram por completo e uma parcialmente. Mas, outros imóveis na Rua Chile e Travessa Bertoso apresentam rachaduras e danos estruturais. 

A intervenção na área da escola começou em meados de março. A ideia era construir uma cobertura para a única quadra de esportes que a unidade possui. Um investimento de meio milhão de reais do Governo do Estado. A previsão era concluir o trabalho em 180 dias. 

Os moradores, porém, se queixam sobre a condução da obra. "Ninguém veio aqui falar com a gente sobre as estruturas. Eu não recebi uma visita. Simplesmente começaram a cavar os buracos [para a fundação da cobertura] bem perto do muro que separa a escola das casas. O resultado foi esse aí", denuncia Emile Santos, moradora da região há 20 anos. A sensação de que as demais estruturas vão ceder aumenta em dias chuvosos como esta sexta-feira (10/6). 

Uma estudante do colégio revela que as casas não foram as únicas afetadas. "Eu estudo na última sala, 2° ano. Tá toda rachada. A gente fica com medo", disse. 

A Defesa Civil de Salvador alega ter notificado 16 famílias para o cadastramento do auxílio-moradia. Boa parte delas, já recebe cerca de R$ 300. Os moradores cobram, porém, uma resposta do Governo do Estado sobre o caso. "É pouco o dinheiro. Aqui na região, achei casa só de R$ 500. Vou acabar indo pra casa de algum parente", diz outra moradora. 

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação disse ter sido notificada e alega que as casas foram construídas em local inadequado. O texto diz ainda que o Governo vai cadastrar as famílias para o auxílio aluguel. 

Na manhã da última quinta (9/6), um protesto impediu a entrada dos estudantes no Colégio Bertholdo Cirilo dos Reis. Eles prometem impedir as aulas até que a ajuda do Estado chegue para as famílias.

LEIA MAIS: Dois ônibus são assaltados no início da manhã desta sexta-feira, em Salvador; dupla é presa por PMs 

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