Mãe de jovem assassinado no Dique não vai à missa de 7º dia; irmão fala em crime premeditado
O rapaz foi assasinado na última quarta-feira (1º), no dique do Tororó, em Salvador, e a cerimônia foi uma forma de homenagear Rodrigo e cobrar a solução do caso.
Por Da Redação
Muita comoção na missa de 7º dia de Rodrigo Castro, realizada na manhã desta terça-feira (7/6), quando o jovem completaria 25 anos. Muito abalada, a mãe dele, Dona Elisangela, não foi à celebração, na qual houve pedido de paz e justiça.
O rapaz foi assasinado na última quarta-feira (1º), no dique do Tororó, em Salvador, e a cerimônia foi uma forma de homenagear Rodrigo e cobrar a solução do caso.
No final da missa, que foi realizada na Igreja de São Pedro, no bairro da Piedade, a família foi direcionada a um salão, ao lado do altar, onde recebeu abraços de amigos e da comunidade presente.
Muito emocionado, o pai de Rodrigo, o sr. Eliecer Castro, disse que a morte do filho não seria em vão e que faria de tudo para encontrar os culpados.
Para Eliecer Júnior, irmão de Rodrigo, a morte do jovem foi "muito estranha". Ele cogita a possibilidade de não ter sido um roubo, mas, sim, um assassinato premeditado.
CRIME
Na noite do crime, Rodrigo Castro se exercitava no Dique do Tororó quando foi abordado por duas pessoas, que atiraram no coração dele e roubaram a bicicleta que o jovem usava.
Rodrigo foi socorrido pelo Samu, levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos. Toda a ação foi ouvida pela noiva do rapaz, Cíntia, que falava com ele por telefone, no momento do ocorrido. Na missa, ela relembrou o fato: "a voz dele era grave, mas quando ele falou 'ai, amor, é tiro, é tiro...', a voz foi ficando fraca".
Cíntia contou que se relacionava com Rodrigo há cinco anos e que, hoje, teria uma comemoração especial de aniversário no bairro da Ribeira, além de uma festa com a família.
SUSPEITOS
Até o momento, dois suspeitos foram presos. À TV Aratu, o pai de Rodrigo falou com que espera que os culpados sejam penalizados e que continuem presos, ao contrário do que "normalmente acontece", reforçando que confia na polícia.
Eliecer afiirmou que não conhece os suspeitos, e que a mãe de um deles presos procurou a família para dizer que, caso o filho fosse culpado, deveria pagar pelo crime.
Um dos suspeitos de latrocínio foi autuado na última sexta feira (3) por tráfico de drogas. Na ocasião, foi encontrado na região do Tororó com maconha, balança de precisão e embalagens para acondicionamento da droga. No sábado (4), teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva por suposto envolvimento na morte de Rodrigo, graças a uma denúncia anônima pelo 181.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV).
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