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Família acusa PMs do Batalhão de Choque de matar jovem em Salvador; "ia pegar R$ 2 para pagar rifa"

Igor foi baleado na última quinta-feira (28/7) e mesmo socorrido, não resistiu aos ferimentos. A versão da policia diz que o rapaz foi atingido durante uma troca de tiros com homens armados, versão que a família discorda.

Fonte:Lorena Dias para o Aratu On

Policiais da Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), do Batalhão de Choque, estão sendo acusados de terem assassinado um morador da localidade de Manguinhos, no Engenho Velho de Brotas, em Salvador. Segundo familiares de Igor Silva, de 24 anos, ele estava saindo de casa quando foi abordado pelos policiais, na noite da última quinta-feira (28/7). 

O rapaz foi socorrido pelos próprios agentes e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos. No início da tarde de sexta (29/7), amigos e familiares chegaram a bloquear a Avenida Vasco da Gama em protesto pela morte de Igor. "Eu sou uma mãe morta", gritava a mãe, Priscila, para os motoristas. "Toda mãe que perde o filho dessa forma é uma mãe morta".

O corpo de Igor, que deixa uma filha de quatro anos, foi enterrado no sábado, no Cemitério do Campo Santo, onde a família realizou um protesto silencioso pedindo por Justiça. O velório só foi possível graças a uma "vaquinha" feita por vizinhos da família, que afirmam que Igor não teria envolvimento com a criminalidade.

Em nota, a Polícia Militar informou que os policiais teriam sido recebidos a tiros por diversos homens armados. Ainda segundo a polícia, durante varredura foram encontradas uma pistola calibre .40 contendo três munições intactas, um tablete de cocaína, 30 saquinhos de cocaína, 25 trouxas de maconha, um relógio e uma corrente dourada. Na foto divulgada pela polícia, é possível ver também uma nota de R$ 2.

"Ele falou comigo antes de sair de casa e disse que ia pegar os R$ 2 para pagar a rifa. Igor era trabalhador, não era bandido", afirmou Leonardo, irmão do rapaz, que garantiu que apenas o dinheiro, a corrente dourada e o relógio pertenciam a Igor. "Você acha que uma pessoa com tanta droga ia ter só R$ 2 no bolso?", questionou Leonardo, afirmando que as drogas, a arma e as munições não pertenciam ao irmão.

Todo material apreendido foi apresentado na Corregedoria da Polícia Militar, onde o fato foi registrado. Nesta segunda-feira (1/8), Priscila e Leonardo seguiram para o local para registrar a ocorrência e pedir a investigação do caso.

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