Caso Bruna: após ser agredida por ex-namorado em bar e ficar dias na UTI, vitima recebe ameaça de morte

O medo ainda está presente na vida da designer de interiores Bruna Colzani, de 35 anos, agredida dentro de um bar em Salvador pelo próprio ex-namorado, causando sua internação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) por traumatismo craniano. O suspeito, Henrique Gonçalves, de 32 anos, foi autuado por lesão corporal, mas solto em audiência de custódia. Agora, ela precisou se mudar para um hotel por conta das ameaças de morte que vem recebendo.

Nesta terça-feira (10/1), ela contou à TV Aratu que as mensagens chegaram pelo celular no último fim de semana. Com medo, a vítima e a mãe se hospedaram num hotel. Bruna prestou depoimento na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) na segunda (09/1) à tarde. "Falaram que encaminharam [a medida de proteção], mas a gente não recebeu papel nenhum, numeração nenhuma. Estamos à deriva", declarou. 

A designer de interiores deu ainda detalhes do relacionamento de cerca de 2 anos, que hoje consegue tratar como "abusivo" e "violento". "Ele dizia que não vivia sem mim e que ia arrancar minha cabeça. Falou que se eu deixasse ele, ia atrás da minha mãe. Então, eu acabava retraindo em algumas agressões. Chamava a polícia e ele falava de quem era filho e saia abraçado", explicou, fazendo referência ao pai de Henrique, que é policial. 

"Eu pensei que ia conseguir sair sozinha, terminar na paz, mas a violência só foi aumentando e acabou saindo do meu controle. Ele quase me matou. Então, meninas, a partir do tapa, vão atrás dos direitos e denunciem porque não vai parar. Graças a Deus, Deus me deu mais uma chance", aconselha. 

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