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Criança denuncia episódios de bullying e ameaças em escola de Salvador; "fui ao banheiro e comecei a chorar"

De acordo com a menina, que concedeu uma entrevista ao Cidade Aratu, programa da TV Aratu, os ataques já vem sendo feitos há meses

Por Bruna Castelo Branco

Na manhã desta terça-feira (22/11), os pais de uma criança denunciaram que a filha vem sofrendo bullying por parte de colegas da Escola Ponto Alto, em Salvador. As ofensas são enviadas para a jovem por meio de um grupo WhatsApp. Segundo a família, o grupo é formado por estudantes do 6º ano da escola.

De acordo com a menina, que concedeu uma entrevista ao Cidade Aratu, programa da TV Aratu, os ataques estão sendo feitos há meses. "Eu estava lanchando com uma das garotas e elas começaram a me chamar de 'cabeça de ladeira', do nada. Eu não disse nada. Fui ao banheiro e comecei a chorar. Minha irmã me encontrou lá e relatou para a minha outra irmã".

Nesse mesmo dia, uma das irmãs da jovem foi até a escola para tentar resolver o problema - porém, seis meses depois, as ofensas continuam -. "A escola não tomou providência de nada", lamentou a vítima. Na segunda-feira (21/11), a situação piorou, e a menina começou a receber mensagens ofensivas via WhatsApp: "Me chamou de desprezível, esfregou na minha cara que eu não sou tão boa em uma matéria, e ele é".

Quando recebeu as mensagens, a jovem optou por não responder: ela fez uma captura de tela para guardar o conteúdo e saiu do grupo em que as conversas estavam acontecendo. "E foi o melhor. Como dizem, o silêncio é a melhor resposta", comentou ela. Nas mensagens, a menina também é chamada de "sonsa e cega" e "insuportável". "Quando você aprender a se defender sozinha, você me responde", escreveu um dos colegas.

Desde que recebeu as mensagens, porém, ela deixou de querer ir para a escola, o que deixou sua família preocupada. "Foi um momento muito difícil quando encontrei a minha filha no quarto, com o celular na mão, chorando a ponto de soluçar, sem conseguir mais olhar para o celular". Nesse momento, a vítima acabou mostrando os ataques que recebeu para a mãe. "É um menino, ele parece que domina o grupo".

Entre as mensagens, o jovem diz que gostaria de ter dado uma "bolada ainda mais forte" na vítima, para ver se "ela acorda para a vida". "Isso daí a feriu mais ainda. Ela achou que aquela bolada foi da atividade mesmo, não intencionada. Ela entendeu que ele fez mesmo porque estava com a intenção de agredir ela", relatou a mãe, com medo de se identificar.

Em entrevista, a mãe da vítima disse que acionou um advogado para resolver a situação com os pais do menino e com a escola. "Se ele está com esse comportamento, ele deve receber isso, porque, geralmente, a gente dá o que tem". A escola, que já sabe o que está acontecendo, ainda não conseguiu resolver o problema: "Vejo que está preocupada só com a imagem, não está preocupada com os alunos", desabafou a mulher.

A ESCOLA

Nesta terça-feira, segundo apuração do Cidade Aratu, funcionários da escola foram de sala em sala para saber o que os alunos iriam falar caso fossem questionados sobre o ocorrido. Além disso, após o caso começar a repercutir, o colégio desativou as redes sociais. 

Em nota, a instituição afirmou que não "aceita ou compactua com discurso de ódio e bullying entre os alunos", e que ficou sabendo dos ataques apenas por meio das redes sociais. "Quando essas situações acontecem fora da escola e dentro das redes sociais, a instituição só consegue dar suporte educativo às famílias se tiver conhecimento dos fatos". 

Porém, a mãe da vítima argumentou que, quando a família foi até a escola para denunciar os ataques, a instituição disse que era "coisa de criança". "Eles brincam assim, ela estava rindo", completou.

CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA:

Em relação à denúncia feita pelos pais de um dos estudantes da escola Ponto Alto, a instituição informa que não aceita ou compactua com discurso de ódio e bullying entre os alunos e que mantem um discurso de conscientização dos estudantes com práticas educativas para evitar situações como essa, a qual a instituição tomou conhecimento pelas redes sociais.

Quando essas situações acontecem fora da escola e dentro das redes sociais, a instituição só consegue dar suporte educativo às famílias se tiver conhecimento dos fatos. 

A escola informa ainda que apenas foi trazido até a direção, no início do ano letivo, um desentendimento isolado da aluna com um estudante, que culminou numa briga entre os responsáveis pelas crianças e que o caso foi resolvido sem que houvesse depois disso qualquer desdobramento ou informação trazida à escola sobre essa ou outra crise entre os alunos da sala.

Uma comissão acadêmica foi instaurada e já estão acontecendo reuniões com os responsáveis para que as sanções acadêmicas cabíveis sejam aplicadas.

Escola Ponto Alto

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